O que podemos aprender sobre vitória e derrota?
Vídeo de garoto consolando adversário ensina a valorizar realmente o que é preciso
Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras. E, seguidas vezes, acontece algo que parece justificar essa máxima. O exemplo mais recente aconteceu na final da Eurocopa, disputada na França, em uma partida entre Portugal e os donos da casa. Apesar de o jogo ter sido emocionante, só decidido durante a prorrogação, a imagem do gol português foi, de certo modo, ofuscada por outra, após o término da disputa.
O fato ocorreu próximo à Torre Eiffel, em Paris, onde milhares de torcedores franceses e portugueses e também de outros países assistiam ao jogo em um telão. Com o final da partida e sacramentada a derrota francesa, ocorreu algo improvável, pelos menos até aquele momento. Um torcedor francês, que chorava em virtude da perda do título, foi consolado por um pequeno torcedor português. O gesto de Mathis, de apenas 10 anos, (foto abaixo) correu o mundo, em programas televisivos e em posts replicados milhares de vezes nas redes sociais.
Sobre o que ocorreu, o menino declarou o seguinte em uma entrevista: “Eu não gosto de nenhuma pessoa chorando, embora não a conheça.” Ao consolar o torcedor, Mathis disse a ele que compreendia o seu sentimento. “É mais do que um jogo, embora eu entenda como você se sente. Segundo lugar não é ruim.”
Mas, como falávamos no início dessa matéria, uma imagem vale mais que mil palavras e o gesto do menino Mathis nos mostra uma situação que acontece com muitos de nós. Temos uma tendência, assim como o torcedor francês, de nos entregamos à dor da derrota. Deixamos que a tristeza nos domine e esse sentimento nos faz ver apenas o lado ruim de algo que nos aconteceu. É óbvio que todos gostamos de comemorar vitórias, mas supervalorizar a derrota é transformar o problema em algo maior do que ele realmente é. Em sua inocência, Mathis percebeu isso. E você, percebe também?
Não há por que brigar
A atitude de Mathis chamou atenção porque vai na contramão da violência e do clima de competição agressivo que impera após os jogos. Ele ensinou que, por maior que seja o amor ao time, o amor ao outro ser humano nunca deve ser esquecido. Uma lição válida para todos, especialmente aqui no Brasil, que segue sendo o recordista em mortes nos estádios.
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