O que o ex-pastor quer de você
Hoje vou responder a uma dúvida que recebi e que talvez seja a de muita gente. Uma pessoa me escreveu e disse que um pastor, que a ajudou no início da fé, tocou sua alma no começo da caminhada e por quem ela ainda tem carinho, saiu da Igreja Universal, abriu um ministério e passou a convidá-la para frequentar a nova igreja.
E, então, ela perguntou: “Bispo, é errado assistir a uma reunião dele?” Antes de tudo, deixe-me dizer: você é livre. Livre para ouvir quem quiser e para decidir onde congregar. Mas, embora seja livre, você não está livre das consequências e, por isso, precisa proteger a sua alma.
O interesse do homem de Deus
Quero deixar claro: minha resposta não tem o objetivo de manter você na Universal. O verdadeiro servo de Deus não disputa membros: ele luta por almas. O problema aqui não é a igreja A ou B, mas o espírito por trás do convite que você recebeu.
As divisões acontecem desde a igreja primitiva: Paulo enfrentou isso em Corinto, quando alguns diziam que pertenciam a Paulo, a Pedro ou a Apolo. A resposta dele foi clara: vocês são de Cristo (leia em 1 Coríntios 1:12-13). Esse problema atravessa séculos e Jesus já alertava sobre maus líderes, doutrinas distorcidas e falsos profetas (leia em Mateus 7:15).
A era dos “profetas do Pix”
Hoje, esse cenário piorou. Vivemos a era dos “Profetas do Pix”: gente que só tem revelação para quem oferta (entenda na página 10). E, muitas vezes, convites assim não têm nada a ver com salvação, mas com montar um clube religioso.
Então, eu pergunto a você:
- Onde esse novo ministério foi aberto?
- Ele foi instalado no meio dos necessitados ou ao lado da igreja da qual ele saiu, para tentar puxar ovelhas já cuidadas?
- Quem quer ganhar almas busca os perdidos. Quem quer ganhar membros abre portas ao lado.
Se eu tivesse que escolher uma igreja hoje…
Eu buscaria saber três coisas:
Como esse ministério começou? É fruto de paixão pelas almas ou de rebelião, briga e desavença?
Por que o pastor saiu? Ele levou 20, 30 anos para descobrir que não concordava mais ou ele não quis mais obedecer, servir e se sujeitar?
Quais são os frutos dele?Oratória qualquer um pode ter, mas fruto revela caráter.
A analogia do casamento
Se você fosse se casar com alguém divorciado, não iria querer saber por que o casamento anterior acabou? Da mesma forma, antes de colocar sua alma sob a liderança de alguém, procure saber a versão de quem acompanhou o caso e não só a de quem saiu.
Por que alguém que não foi fiel ao seu voto ministerial, ao seu altar e ao rebanho que lhe foi confiado será fiel a você? Concluindo, digo tudo isso com tristeza, mas também com responsabilidade: minha única intenção é alertar você, como Jesus alertava os discípulos. Você é livre, mas também é responsável pela sua alma.
E você? Está tomando decisões espirituais com consciência ou deixando alguém “namorar” a sua fé sem perceber o que está acontecendo?
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