O que Nadi queria

"Ela quis o que não era dela e agora que, aparentemente, o tem, não o tem de verdade e, pior, descobriu que ele engravidou outra"

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Quando se cresce sem o pai ou a mãe, se cresce com um buraco no peito, um vazio que dói. E esse é o problema de Nadi.

Ao conhecer Terá, ela o desejou por ver nele um possível preenchimento deste vazio, como se ele representasse a família que ela nunca viveu. É bem provável que quando ainda criança, Nadi como órfã, sentiu a dor de ver suas amiguinhas tendo pai e mãe, um lar, e uma família enquanto ela só tinha o templo e o seu tio que emprestava o seu afeto. Não é assim que muitos órfãos se enxergam, como um verdadeiro peso na vida de quem não os trouxe ao mundo?

Terá, porém, parecia ser esse possível sonho de menina, era só o seduzir com as armas femininas que ela aprendera bem como sacerdotisa e assim fisgá-lo para si. Só que o que ela não imaginava era que Terá seria sim fisgado, mas só fisicamente mesmo. Tanto a festa de casamento e quanto a noite de núpcias deixaram isso bem claro… Terá parecia estar ali por pura obrigação.

O que fazer então depois de casar e descobrir que o homem de seus sonhos, o amor da sua vida, só a vê como uma mulher na cama? Investir na cama.

Tadinha da Nadi. Ela quis o que não era dela e agora que aparentemente o tem, não o tem de verdade, e pior, descobriu que ele engravidou outra.

Nadi entrou para o canto que tinha deixado para Amat. Cuidado com o que se quer muito, pois nem sempre o que se quer é o que se deve ter.

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BLOG DE GÊNESIS | Do R7 / Foto: REPRODUÇÃO/RECORD TV