O que fazer para entrar na universidade?
Saiba como agir para passar nos processos seletivos estudantis antes do final do ano
O segundo semestre do ano costuma ser sempre repleto de provas de acesso às universidades públicas e privadas em todo o Brasil. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por exemplo, que neste ano tem mais de 4,8 milhões de inscritos confirmados, é a principal porta de entrada em faculdades. Suas notas facilitam a inserção em programas como Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (Prouni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) que oferecem bolsas de estudo integrais ou parciais em instituições privadas de ensino superior.
Processo concorrido
Nesta época, muitas instituições de ensino superior também realizam o vestibular, algumas até com o ingresso seriado – processo seletivo que considera a média de provas realizadas ao final de cada ano do ensino médio para aprovar novos calouros –, como o que acontecerá pela primeira vez na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mas o que fazer para lograr êxito em provas tão concorridas? A velha decoreba e os macetes ainda funcionam? Que métodos podem ser colocados em prática? E mais: quem começa a estudar agora tem chance de ser aprovado?
Maior desafio
Para Eldo Couto, diretor do Colégio Arnaldo, de Belo Horizonte (MG), mestre em administração e especialista em gestão educacional, o principal obstáculo enfrentado pelos estudantes às vésperas das provas é lidar com a ansiedade. “O estudante já desenvolveu o capital de conhecimento e de habilidades, então o maior desafio está relacionado às habilidades socioemocionais, como o autoconhecimento, a resiliência e a determinação, que vão possibilitar que ele execute melhor ou pior uma prova com aquilo que sabe”, analisa.
Faça simulados
Contudo, antes que esse momento chegue, é preciso estar preparado. “É importante fazer simulados e manter o hábito de fazer os exercícios todos os dias, principalmente naquelas áreas que não são as que o estudante se sente mais confortável e que domina menos”, avalia.
Dinâmica diferente
Ele lembra que hoje a dinâmica das provas seletivas é outra. “Hoje temos questões e avaliação voltadas para o desenvolvimento das habilidades e competências cognitivas. Antes se marcava verdadeiro ou falso ou as questões pediam para escolher a alternativa que não estava de acordo com o enunciado. Hoje não é assim: as questões exigem mais análise e interpretação. É preciso ter um repertório melhor para poder respondê-las, portanto os macetes não funcionam mais”, analisa.
Não se distraia
Por isso, é preciso evitar distrações durante o período de estudo. “Temos que ter muito cuidado com a questão dos smartphones, das plataformas de streamings de bate-papo, dos jogos
on-line, e dos vídeos curtos. Muitos buscam neles pequenas doses de dopamina para reduzir a ansiedade e isso vira um ciclo que acaba atrapalhando o sono, a atividade física e o relaxamento e tem um efeito contrário ao que foi proposto inicialmente”, observa.
Saiba fazer
Por outro lado, Couto avalia que fazer um curso pré-vestibular é uma boa alternativa de estudo para aqueles que já encerraram o ensino médio: “Com foco, a pessoa tem que descobrir o método que vai ser mais adequado para ela”.
Hora de começar
Para quem se pergunta se ainda dá tempo de começar a estudar, Couto é enfático: “Se a pessoa quer fazer um curso e ingressar em uma universidade X ou Y, seja pelo Enem, seja pelo ingresso seriado, ela precisa começar, ainda dá tempo. Pode ser que, começando agora, ela passe ou não, mas, se já começou, a possibilidade de passar em outra tentativa ainda é maior”, dispara.
Trabalhe mente, emoções e espírito
Até para quem trabalha é possível estudar, mas é preciso ter autoconhecimento para definir prioridades. “A dica é cuidar também da parte emocional, é trabalhar a mente em três aspectos de forma equilibrada: sob os pontos de vista do conhecimento, emocional e espiritual”, conclui.
Saiba mais
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