O que fazer em situações de emergência

Saiba agir ao enfrentar incêndios, acidentes de trânsito, enchentes e outros episódios que pedem ações imediatas

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Mais de 6 mil pessoas morreram em acidentes que ocorreram nas rodovias federais em 2024, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Também no ano passado, a enchente no Rio Grande do Sul causou 183 mortes. Se voltarmos a 2023, ao menos 2 mil pessoas morreram engasgadas no Brasil e foram registrados 341.806 casos de acidentes envolvendo animais peçonhentos, segundo o Ministério da Saúde. Essas ocorrências, frequentes no dia a dia, têm ao menos um aspecto em comum: o despreparo da maioria dos cidadãos para tomar medidas urgentes que podem salvar vidas.

Situações recorrentes

Alysson Dias dos Santos, bombeiro profissional e instrutor de especializações da Academia de Bombeiro Civil (ABCESP), em São Paulo, cita outras situações nas quais a falta de preparo também pode resultar em morte: “Fogo em panela durante a preparação de alimentos, vazamento de gás em residências, pessoas com ferimentos em que há grande hemorragia com risco de morte e pessoas inconscientes em parada cardiorrespiratória”.

Treinamento

Para Santos, em ocasiões emergenciais, o ideal é que todos saibam fazer reanimação cardiopulmonar (RCP). “A cada minuto sem RCP, a pessoa perde 10% de chance de viver. Em 5 minutos, haverá danos cerebrais graves, pois os neurônios começam a morrer. Essa situação é semelhante à de um acidente vascular encefálico (AVE). Em bebês, usamos apenas dois dedos (indicador e médio); em crianças, uma mão; em adultos, as duas mãos (veja mais informações ao lado). A força exercida e a frequência também são diferentes. Por isso, é necessário treinamento. A ABCESP, por exemplo, fornece cursos para profissionais e leigos”, declara.

Pequenas atitudes

De acordo com Santos, prestar atenção ao que acontece à nossa volta pode auxiliar na prevenção de emergências. “É preciso estar atento a fios desencapados e ao cheiro de queimado, utilizar o corrimão ao subir e descer escadas, não escalar grandes alturas sem segurança, fazer a manutenção de equipamentos e redes elétricas e guardar inflamáveis longe de fontes de calor. Em São Paulo, por exemplo, a maioria dos incêndios decorre de falhas elétricas ou armazenamento incorreto de inflamáveis”, finaliza.

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Colaborador

Eduardo Prestes / Arte: Edi Edson