O que está por trás do ataque ao programa UFP?

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Recentemente, um deputado de esquerda fez um discurso preocupante em plenário, com acusações levianas contra o programa Universal nas Forças Policiais (UFP), trabalho social realizado pela Universal há mais de 20 anos com o objetivo de prestar assistência emocional e espiritual aos agentes de segurança.

Os índices de suicídio de policiais ainda são muito altos, mas o UFP trabalha para reverter esse triste quadro e a sociedade toda ganha, pois a valorização dos agentes de segurança e o empenho em mantê-los em boas condições de saúde mental garantem que executem bem suas funções. Mas, aparentemente, há quem pense que deveria ser proibido cuidar dos policiais como pessoas e que seria mais fácil despersonalizá-los e, assim, emplacar a narrativa de demonização da polícia.

Em seu discurso, o deputado, que se diz pastor de uma igreja tradicional, “denunciou” a existência do UFP, dizendo que tinha “cheiro de milícia religiosa”. Misturando alhos e bugalhos, tentou associar o discurso cristão – de guerra espiritual, com armas espirituais, contra males espirituais – ao trabalho do UFP, sugerindo que a igreja queria guerra contra outras religiões. Ele fez uma acusação extremamente séria e totalmente descolada da realidade e ainda teve a desfaçatez de dizer que respeita a fé dos membros da Universal. Não, não respeita. Quem ataca a Universal ataca seus membros e tenta fazê-los parecer idiotas desprovidos de senso crítico.

Quem, mesmo conhecendo a natureza do trabalho de grupos de apoio social nas igrejas, lança sobre eles acusações infundadas, conta com a ignorância de quem as ouve. Com seu discurso de manipulação, espera trabalhar com o medo daqueles que ainda não saíram da época em que esse tipo de acusação era aceitável. Basta, porém, uma visita ao trabalho do UFP para entender do que se trata. E bastaria pensar um pouquinho para ver qual é a base dessa acusação.

Além do trabalho com as forças policiais, a Universal tem outros projetos, como a Universal nos Presídios (UNP), com presidiários; Universal Socioeducativo (USE), com menores infratores, mulheres vítimas de violência doméstica, órfãos, moradores de abrigos e casas de acolhimento; o Grupo da Saúde (GSU), com pacientes e seus familiares; o Calebe, com idosos e moradores de casas de repouso; os Anjos da Madrugada, com pessoas em situação de rua; o Unisocial, desenvolvendo ações para ajudar vítimas de tragédias, entre tantos outros.

Qual seria a teoria do deputado se descobrisse isso? Que a Universal estaria formando uma grande milícia com policiais, presidiários, menores infratores, órfãos, refugiados, mulheres, doentes, idosos, moradores de rua, vítimas de tragédias, além, é claro, dos jovens atendidos pelo FJU, adolescentes do FTU, depressivos que encontram apoio no DTC e dependentes químicos que são ajudados pelo Vício Tem Cura (VTC), além dos outros grupos não citados? O que seria mais plausível? Isso ou um interesse genuíno em ajudar pessoas de todos os grupos da sociedade?

Entenda: se alguém dá uma interpretação negativa a um fato (no caso, a existência do UFP) por causa do grupo envolvido com ele (no caso, a Igreja Universal), o nome disso é: preconceito. Não adianta disfarçar.

O discurso do deputado tem a mesma origem de praticamente todos os ataques à Universal: um misto de ignorância escancarada e preconceito enrustido, que nem mereceria atenção. Mas vale o alerta para que os leitores fiquem bem atentos a quem tenta manipular a percepção alheia por meio da ativação de preconceitos: o discurso de intolerância e o desrespeito à verdade andam sempre de mãos dadas.

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Redação / Foto: cedida