Um dos maiores acontecimentos da história da Humanidade está prestes a acontecer: a segunda vinda do Senhor Jesus. Na primeira vez, Ele veio ao mundo para morrer pela Humanidade e abrir o caminho para a reconciliação com Deus. Na segunda, Ele virá para buscar os que aceitaram essa reconciliação, julgar a Terra e estabelecer o Seu Reino.

A Bíblia compara essa vinda a um casamento. Essa imagem aparece em diversas passagens e uma das mais significativas está representada na Parábola das Dez Virgens, contada pelo Próprio Senhor Jesus. Nela, Ele revela o perigo de descuidar da vida espiritual e de terceirizar o cuidado com a própria alma.

Nos tempos antigos, depois que o compromisso era selado entre as famílias, o noivo partia para preparar a casa e a noiva se dedicava aos preparativos até a volta dele. O momento exato do retorno do noivo era determinado pelo pai, o que nos remete às palavras do Senhor Jesus: “Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas unicamente o Pai” (Mateus 24:36).

A prudência e a loucura

O noivo saía para buscar sua noiva geralmente à noite, em um horário inesperado e isso exigia vigilância constante. A noiva permanecia pronta, acompanhada por dez virgens encarregadas de iluminar o caminho com suas lamparinas até o momento das bodas.
Esse é o cenário retratado na Parábola, uma lição profunda sobre a importância de estar preparado, o tempo todo, para o glorioso encontro com o Noivo.

As dez virgens representam a totalidade dos que estão na igreja, ou seja, todos que conhecem e creem na promessa da volta do Senhor.

O Senhor Jesus, porém, as dividiu em dois grupos: cinco prudentes e cinco néscias (loucas, insensatas). Elas deveriam manter suas lâmpadas acesas para iluminar o caminho do cortejo nupcial. Como não havia luz elétrica, o azeite era essencial para manter a chama acesa. O azeite simboliza o Espírito Santo – o combustível para manter a fé ardente até o encontro com o Noivo.

Todas dormiram

O noivo demorou a chegar e as dez virgens acabaram adormecendo. Mas a diferença foi a preparação: as prudentes levaram azeite de reserva, enquanto as insensatas não se preocuparam com isso.

Até que, à meia-noite, ouviu-se o grito: “Aí vem o Noivo!”. Todas as virgens despertaram, porém apenas as prudentes tinham azeite suficiente para reacender suas lâmpadas. As insensatas tentaram pedir azeite emprestado, mas ouviram: “Ide antes aos que o vendem e comprai-o para vós.” (Mateus 25:9). Porém, enquanto saíram para buscar, o Noivo chegou.

As prudentes entraram para as bodas e a porta se fechou. Quando as demais voltaram, ouviram a terrível resposta dEle: “Em verdade vos digo que não vos conheço” (Mateus 25:12).

O azeite que não se divide

À primeira vista, o fato de as prudentes não dividirem o azeite parece egoísmo, mas essa é justamente a essência da lição: o azeite representa o relacionamento pessoal com Deus, algo intransferível. Ninguém pode orar, jejuar, sacrificar ou ser fiel no lugar de outra pessoa. A salvação é individual.

Há muitos na igreja que creem, participam das reuniões e até falam da volta de Jesus, mas não repõem este azeite.Eles sabem o que precisam fazer, mas confiam que “ainda há tempo”. Enquanto isso, o azeite vai acabando e, quando o Noivo vier, será tarde demais.

Quem está realmente preparado?

As virgens prudentes representam os que vivem em constante vigilância: aqueles que não apenas acreditam que Jesus voltará, mas vivem como se Ele pudesse voltar agora mesmo.

Eles mantêm suas lâmpadas acesas porque cultivam diariamente a oração, a renúncia, a fidelidade e a comunhão com Deus. Já os insensatos vivem de aparência espiritual. Estão presentes fisicamente na igreja, mas não nasceram do Espírito. Eles fazem parte da igreja visível, mas não da espiritual, que é invisível e eterna.

E mesmo quem já recebeu o Espírito Santo precisa mantê-Lo aceso dentro de si, fugindo do pecado, negando a própria vontade e vigiando constantemente. Quando isso não acontece, a chama se apaga.

A hora é agora

Quando o Senhor Jesus voltar ou quando a morte chegar, não haverá mais oportunidade de arrependimento. Por isso, a Parábola das Dez Virgens funciona como um espelho: ela nos convida a olhar para dentro de nós mesmos e avaliarmos se temos “o azeite” ou se a chama já se apagou.

Como está a sua reserva de azeite?

Você sabe responder a isso ou tem terceirizado sua fé, acreditando que o simples fato de estar na igreja é suficiente?

A volta de Senhor Jesus é certa, mas o momento que acontecerá é desconhecido. E o tempo que temos agora é o tempo da preparação.

Amar a vinda do Senhor não é só desejar que ela aconteça, mas é viver em função dela, sacrificando o que for preciso para estar pronto. E o Senhor Jesus promete uma Coroa de Justiça a todos os que amam a Sua vinda (2 Timóteo 4:8).

Não espere o grito da meia-noite para despertar. Mantenha sua lâmpada acesa, reabasteça o azeite e viva preparado, porque o Noivo está a caminho.