O que a Jezabel bíblica tem a ver com a sociedade atual

O último capítulo da macrossérie mostrou o fim trágico da rainha fenícia. Assista e entenda melhor a relação da história dela com a atualidade

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Ao longo de toda a trama da macrossérie Jezabel, exibida pela Record TV, foi possível observar os sentimentos mais profundos que moviam essa rainha fenícia.

Muito consciente da sua influência sobre os homens e desejosa de ter o poder sobre as pessoas a todo custo, Jezabel construiu em si uma mulher rancorosa, amargurada, geniosa, orgulhosa e totalmente vazia.

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Mas, toda essa couraça rígida, incapaz de praticar virtudes – como a ponderação e o amor ao próximo – trouxeram-lhe a própria destruição. No final, a “fatura” de tudo o que ela fez ao longo da vida chegou. E o valor foi bem caro.

Ela foi rejeitada por Tadeu, enquanto ainda achava que tinha poder sobre ele. Perdeu o filho Acazias, que havia caído da sacada do palácio. Descobriu que o sobrinho, Baruch, na verdade, era filho de seu amante, Hannibal. Nesse ínterim, o general fenício a sufocou e a ameaçou de morte. E seu esposo, rei Acabe, sentia repulsa por ela.

Como foi a morte de Jezabel?

Mais terrível ainda foi a morte de Jezabel (2 Reis 9). Certo dia, o rei Jeú se dirigiu ao palácio onde a rainha estava. Sabendo de sua chegada, Jezabel – na tentativa de manter a aparência de poder – passou maquiagem e penteou os cabelos. Então, ela se posicionou em uma janela, enquanto o aguardava.

Quando Jeú apareceu no portão, Jezabel o cumprimentou. Mas, Jeú sem rodeios mandou que os oficiais do palácio a jogassem de lá. A queda foi brutal. O sangue respingou na parede e nos cavalos de Jeú, que passaram por cima dela. Após, entrar no palácio, Jeú decidiu enterrá-la. Entretanto, quando voltaram só havia os ossos, porque os cachorros tinham devorado o corpo dela.

Esse momento foi retratado na macrossérie. Confira a cena no vídeo abaixo:

O espírito de Jezabel na atualidade

Vale observar que a Jezabel bíblica tem muito a ver com a sociedade atual. Pois, na busca por “sentir-se bem”, muitas pessoas têm passado dos limites do bom senso e a única conquista tem sido o vazio interior.

O efeito imediato dessa mentalidade é o consumismo, gastos com modismos e entretenimentos superficiais, a busca pela aparência “perfeita” e os relacionamentos efêmeros movidos pela emoção do momento. As redes sociais, por exemplo, também reforçam essa mentalidade, quando geram comparações entre as pessoas. Isso contribui para a constante insatisfação pessoal.

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E nesse ciclo vicioso, o que realmente importa acaba sendo deixado de lado por muitas pessoas. Porque, em um mundo materialista, o espiritual é desvalorizado.

O que podemos entender pela Bíblia?

A mentalidade de Deus é outra, como podemos conferir nesta afirmação do apóstolo Paulo: “Todavia, a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós, ou por algum juízo humano; nem eu tampouco a mim mesmo me julgo. Porque em nada me sinto culpado; mas nem por isso me considero justificado, pois quem me julga é o Senhor.” 1 Coríntios 4:3-4

Sobre esse trecho bíblico, o Bispo Edir Macedo observa em suas anotações: “Paulo sabia que estava diante de um tribunal de opiniões na igreja de Corinto, porém, ele ignorava o conceito que as pessoas tinham a seu respeito. O apóstolo mostrou que sua preocupação era com o Tribunal de Deus, ou seja, ele desejava se concentrar em ser fiel ao Senhor Jesus e em Lhe agradar acima de tudo.”

É por isso que o mundo moderno não encontra respostas para o seu vazio interior. A verdade é que somente Deus pode preencher o que falta nos seres humanos.

No encontro do Godllywood Autoajuda, ocorrido no dia 27 de julho, a autora e apresentadora Cristiane Cardoso falou sobre o tema: “Existem pessoas que não têm o corpo, o cabelo, o rosto, os olhos que o mundo diz que é bonito, mas são lindas e você se sente bem com elas. E também há muitas mulheres lindas na aparência, mas se você conviver com elas, não vai ser abençoada nem vai ganhar nada”.

Ela ainda acrescentou que Jezabel não quis aceitar que estava em busca da beleza errada. A rainha fenícia queria ter o controle sobre tudo e todos, mas, no fundo, era controlada por um sentimento de inferioridade – ocultado, claro, por uma máscara de autossuficiência.

O alerta de Cristo

Em Apocalipse, capítulo 2, versículo 20, vemos que o Senhor Jesus condena a atitude dos cristãos que dão ouvidos para Jezabel. Obviamente, Cristo não apontou para a rainha fenícia, mas para a mentalidade que ela tipifica.

Sabe-se que a personagem histórica afastou o povo de Israel para longe de Deus. Além disso, contaminou as pessoas com cultos ao falso deus Baal. Metaforicamente, é isso o que a cultura moderna da sociedade faz com as pessoas: distancia Deus de Sua criação.

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No Univer Vídeo você encontra um talk show especial com o elenco da macrossérie Jezabel. Durante o encontro, foram trocadas experiências e impressões sobre cada personagem da trama. Assista.

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Colaborador

Daniel Cruz / Fotos: Reprodução