"O pulmão do meu filho poderia estourar a qualquer momento"
Um vírus levou o pequeno Gael a três internações e causou complicações graves
O profissional de segurança Éder Ferreira Magalhães, de 40 anos, e a assistente administrativa Joice de Oliveira Melo, de 36 anos, são pais de Gael, de apenas 1 ano e 9 meses. Com apenas 24 dias de vida, Gael foi diagnosticado com o vírus sincicial respiratório (VSR), uma infecção viral que afeta as vias respiratórias e é muito perigosa para os bebês.
“Tudo começou com uma tosse intensa. Eu o levei ao hospital duas vezes, mas os médicos disseram que bastava apenas fazer lavagem nasal. Porém, de repente, ele começou a perder o apetite, as pontas dos dedinhos ficaram arroxeadas e ele passou a sentir muito sono. De madrugada corremos novamente para o hospital e, ao verem o estado dele, o levaram imediatamente para a emergência”, relembra Joice.
Ela diz que, além da respiração difícil (por conta da produção elevada de secreção), a saturação de Gael caiu para 75%, quando o normal é que fique acima de 92%. “Ali foi o meu desespero. Eu estava
recém-operada de cesárea e com o coração fora do peito”.
A equipe médica colocou imediatamente o CPAP nele, um aparelho que ajuda a manter as vias respiratórias abertas, mas isso não foi suficiente. “Então disseram que precisavam intubá-lo. Ali, no corredor, meu esposo e eu nos abraçamos e choramos, mas algo despertou dentro de nós: a força de Deus para manter nossa fé e agir”, conta Joice, que frequenta a Universal há 23 anos.
Joice passou a usar a água consagrada na Universal e determinava a cura do filho. “Minha sogra trazia a água para nós todos os domingos”, relata.
O diagnótisco
Quando o diagnóstico de bronquiolite foi confirmado, o VSR já tinha comprometido significativamente os pulmões de Gael. O bebê ficou 11 dias sob cuidados intensivos e com o CPAP. Nesse período o médico alertou os pais que o pulmão dele poderia estourar a qualquer momento. “Eu disse que a última Palavra era de Deus”, afirma Joice.
Complicações
Muito inquieto, o bebê se extubou, o que resultou em complicações ainda mais sérias, como a atelectasia pulmonar (fechamento de um dos pulmões). “O pulmão direito dele fechou completamente e foi necessário o auxílio de uma fisioterapeuta para reabri-lo. Era algo sobrenatural: os médicos diziam que nunca tinham visto um caso como o dele”, conta Joice.
Após três dias da atelectasia, o pulmão de Gael se abriu e ele se recuperou. “No total, ficamos 24 dias internados no hospital, mas logo após a alta surgiram novas complicações. Três dias depois, o Gael teve tosse e estava com a respiração ofegante. Voltamos ao hospital e ele foi internado de novo”, relata Joice.
Era uma laringite. Ele fez novos exames e foi detectada uma pneumonia. Os médicos precisaram drenar 210ml de líquido do pulmão direito dele e ele também precisou de uma transfusão de sangue, pois estava com anemia. “Confesso que passei por momentos extremamente difíceis. Tive que buscar forças onde não tinha”, lembra Joice. Gael passou sete dias intubado. Após 26 dias de internação, ele finalmente teve alta.
O poder da fé
Cinco dias depois de voltar para casa, Gael foi diagnosticado novamente com VSR e ficou internado por mais 15 dias. Joice relata como reagiu: “Eu não sabia mais o que fazer. A única oração que fiz foi: ‘Meu Deus, ou o Senhor cura ou leva meu filho, porque sei que ele está salvo’”.
Depois disso, os exames mostraram que o pulmão dele estava limpo e sem sequelas. “A recuperação dele foi notável e ele não teve mais complicações depois da última internação.”
No total, Gael passou 65 dias em internações e atendimentos de emergência. Hoje, saudável, ele não usa nenhuma medicação. “Ele está bem e sem nenhuma intercorrência. Essa é a resposta ao clamor de uma mãe que já estava exausta, com o coração dolorido, mas que encontrou forças em Deus”, finaliza Joice.
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