A quinta edição do evento “O Dia do Amor ao Próximo” será realizada neste domingo (29), em espaços públicos de 23 estados e no Distrito Federal. Organizada pelo programa Universal Socioeducativo (USE), a iniciativa tem como objetivo proporcionar um dia especial para 5,8 mil pessoas, incluindo moradores de abrigos, refugiados, ex-internos e seus familiares, por meio de apresentações de música, dança, teatro e uma mensagem de esperança.

Os encontros do USE têm por propósito acolher, apoiar e valorizar grupos da sociedade que necessitam de atenção e cuidados especiais. Em diversas localidades do Brasil, “O Dia do Amor ao Próximo 5.0” oferecerá serviços gratuitos como corte de cabelo, manicure e aferição de pressão arterial. Em algumas regiões, a ação será realizada em datas diferentes.

A iniciativa conta com o apoio de 2,1 mil voluntários em todo o Brasil, incluindo a assistente administrativa Amanda Ricarte, de 33 anos. Em uma edição anterior, o que mais a marcou foi ver os “rostinhos dos acolhidos se identificando durante uma das apresentações de teatro, em que trabalhamos o tema ‘perdão’”. A voluntária ainda compartilha: “Sempre participo com a intenção de ajudar, mas sempre volto para casa com a sensação de que eu é quem fui ajudada”.

Em São Paulo, o evento principal acontecerá neste domingo, a partir das 13h, na Fábrica de Cultura de Sapopemba, com um público estimado de mil pessoas. A programação inclui apresentações musicais e de dança, além da peça teatral “Quebrada City”, que retrata a realidade dos jovens da comunidade e se baseia em histórias reais. Também serão distribuídos 1,1 mil kits escolares com mochilas e 2 mil lanches.

O responsável pelo USE, Ulisses Gomes, explica que muitos internos que deixam a Fundação Casa acabam sendo aliciados pelo crime, especialmente nesta época do ano. “Além disso, muitos órfãos deixam os orfanatos e casas de acolhimento e passam a viver nas ruas”, completa.

Para ele, realizar um evento como “O Dia do Amor ao Próximo” é uma forma de mostrar a essas pessoas que o programa social acredita no recomeço: “E que elas não estão sozinhas e não há necessidade de seguir por um caminho errado para conquistar algo na vida”, conclui.