O céu mostra só um pouquinho

Cabe ao primeiro e ao segundo céus apresentar um Deus grandioso, mas somente o terceiro revela aos Seus toda a Sua glória

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Os pés podem tocar a areia da praia e os olhos, ligeiramente, contemplar a dimensão do mar. Quanto ao céu, não cabe a nós tocá-lo nem reter uma parte dele em nossas mãos: ele está acima de nós e não temos nenhum controle sobre ele. Assim como é impossível contar todos os grãos de areia, é inviável para o homem conhecer a diversidade de galáxias no universo: a Via-Láctea, onde está localizado o nosso sistema solar, é apenas uma no meio de cerca de 2 trilhões de galáxias, segundo estimativas da Ciência. Na imensidão do cosmo, nós, do planeta Terra, nos juntamos a nebulosas, planetas-anões, cometas, bilhões de estrelas e asteróides que comprovam que, em nossa individualidade, somos muito pequenos. Ainda não se sabe ao certo nem o tamanho da Via-Láctea, embora um estudo divulgado em 2024 na revista Nature Astronomy aponte que as galáxias são bem maiores do que se acreditava anteriormente. Diante de tantas explicações que ainda estão para ser dadas, restam muitos questionamentos quanto à Teoria do Big Bang.

À luz da Palavra de Deus, lemos, no primeiro versículo, em Gênesis 1.1, que: “No princípio criou Deus o céu e a terra”. A Bíblia ainda diz que “chamou Deus à expansão Céus” (Gênesis 1.8). Já em Salmos 33.6, está escrito que “pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca”. A cada criação, Deus confessava que o que fora criado era algo bom (Gênesis 1.10, 12, 18, 21, 25 e 31). Logo, o céu que pertence à Terra é visto por Ele como sendo algo “bom” – e esse “bom”, para nós, é muito, afinal, suspiramos diante de Sua criação e não somos indiferentes ao céu. Pela forma como o homem vê o universo, a única opção que lhe resta é se render à sua suntuosidade.

O céu mostra só um pouquinho

A grandeza do universo demonstra a grandeza do Criador do céu. E o céu – com sua vastidão – nos ajuda a compreender o tamanho do nosso Deus. Assim como a tríade Deus-Pai, Deus-Filho e Espírito Santo coexiste perfeitamente, a tríade celeste é composta pelo primeiro, segundo e terceiro céus. Aos nossos olhos, cabe contemplar o céu atmosférico que está sobre nós e, uma vez instigados por ele, podemos fazer dos telescópios nossos olhos para enxergar o céu que está em segundo plano. Já o terceiro céu, chamado por Salomão de “céu dos céus” (1 Reis 8.27), é a morada do Altíssimo e pertence aos que, mesmo sem vê-lo, creem nEle. Esse céu espera por aqueles que, debaixo dele, anseiam desfrutar de uma vida com Deus. Enquanto o primeiro e o segundo céus mostram um Deus grandioso, somente no terceiro céu toda a Sua glória será revelada. Enquanto o primeiro e o segundo céus podem testemunhar uma vida abastada de bênçãos, somente o terceiro é capaz de oferecer a Eternidade.

Não é pouca coisa

A passagem bíblica de Isaías 14.12-14 não despreza o fato de que um então anjo, que posteriormente se tornou destituído de luz, desejou se assenhorar dos céus. Nesses versículos, vemos o efeito causa-
consequência: “Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva! (…) E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono (…). Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo”. Com exceção daqueles que já estão nos céus, o único que está fora de lá e o conhece bem é o diabo e seus demônios.

Esse terceiro céu é, sem dúvida, um lugar muito precioso. O Senhor Jesus, ao descrever o Reino dos Céus, fez uma comparação: “Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo. Outrossim o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas; E, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a. (…)” (Mateus 13.44-48).

Quer um pedaço?

Durante a Noite dos Céus Abertos, no dia 15 de janeiro, o Bispo Adilson Silva disse que “se o universo é grande, quem O fez não pode ser menor” e que, hoje, há cerca de 250 galáxias para cada ser humano – a Terra tem cerca de oito bilhões de pessoas. “Quando se fala disso, estamos falando de um universo incompreensível. Se o primeiro e o segundo céus já nos deixam maravilhados com tanta grandeza, como será o terceiro? Nenhum foguete ou astronauta pode chegar ao terceiro céu. O terceiro céu é um lugar que não pode ser visto fisicamente, mas é possível vê-lo por revelação do Espírito Santo”, ressaltou.

Jacó teve a visão do terceiro céu (Gênesis 28) e João também (Apocalipse 4). Atos 7.55-60 narra que Estevão, enquanto estava sendo apedrejado, “estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus; E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus (…). E, tendo dito isto, adormeceu”. Estevão foi o primeiro mártir por causa do Evangelho. “Nós não percebemos desespero nas palavras de Estevão. Quando uma pessoa tem a revelação do terceiro céu, isso é tão impactante que ela ignora as dores dessa vida”, considerou. Esse céu, que apaga as dores e faz tudo novo, pode ser experimentado em vida por meio do Espírito Santo, que é um “pedaço do céu” dentro de cada um de nós.

Está aberta

Na continuidade da Noite dos Céus Abertos, no dia 22, o Bispo Renato Cardoso dividiu os ensinamentos de Apocalipse 4.1, que diz: “(…) olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu (…)”. Para o Bispo, há portas em todos os lugares que uma pessoa vai. “Como seria o mundo se não houvesse portas?”, indagou e prosseguiu dizendo que “sem elas, o mundo seria um lugar só, pois são as portas que separam os ambientes, que selecionam quem pode entrar. A porta do céu existe porque o céu não está aberto para todo mundo; a porta está aberta para aqueles que estão dispostos a entrar por essa Porta que é estreita e apertada, como Jesus disse. A maioria das pessoas não vive a vida aqui na Terra conectada ao céu, mas o céu deve ser o lugar para o qual você se empenha para estar na Eternidade”, aconselhou o Bispo.

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Colaborador

Flavia Francellino / Fotos: