O caso de uma intrusa e o Dia Internacional da Mulher

8 de março é uma data que indica uma trajetória, mas a ação de alguém há 2000 anos deixa uma mensagem marcante

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Era para ser mais um 8 de março com a sala repleta de flores, cesta de presentes, chocolates pelos cantos, com dezenas de e-mails entupindo a caixa de entrada, com fotos e hashtags ovacionando mulheres e seus feitos nas mídias sociais. Contudo, aquele dia nublado e de garoa na Grande São Paulo ganhou outro sentido não só para mim, mas para quem esteve no Templo de Salomão, no Brás, na Terapia do Amor, para assistir à palestra do casal Renato e Cristiane Cardoso, às 20h, que acontece todas as quintas-feiras.

Após a Terapia

Já em casa, com a porta do quarto fechada, acabei adormecendo na frente das minhas anotações e amanheci no dia seguinte antes de o despertador tocar. Uma palavra voltava à minha mente e me fazia lembrar da palestra: “Jesus, porém, conhecendo isso, disse-lhes: Por que afligis esta mulher?” (Mateus 26.10. Para saber de toda a história bíblica, leia a partir do versículo 6).

Mas que mulher foi essa? Do que tratava aquela cena? Jesus estava na casa de um homem com Seus discípulos, para um jantar, quando uma mulher entrou sem ser convidada. Tinha em mãos um perfume caríssimo, dentro de um vaso de alabastro. Mesmo assim, ela derramou todo seu perfume na cabeça do Senhor Jesus, simbolizando a entrega de sua própria vida. A “intrusa” simplesmente apresentou um gesto de fé.

Deus protetor

“Os discípulos – principalmente Judas (que era ladrão) –, olhando aquela cena, a condenaram, mas Jesus foi compreensivo e a defendeu diante dos olhos críticos”, disse Renato Cardoso. Essa atitude, que não foi um fato isolado na Bíblia, demonstra o quanto Deus age como um protetor da mulher. E o palestrante explica: “Deus tem um ‘coração mole’ quando uma mulher ora, com uma mulher afligida que se curva diante dEle”.

A Bíblia mostra muitos casos e histórias de mulheres que obedeceram e agradaram a Deus com suas atitudes, como, por exemplo, Ana, a mulher samaritana, a mulher adúltera e tantas outras, como Maria de Betânia, que ungiu a cabeça de Jesus. “Nessa época, a mulher não podia trabalhar. Ela estava dando o pouco que tinha, se despojando de uma segurança. O que estava fazendo não era só uma atitude bonitinha, ela quis mostrar o quanto O amava”, destaca Cristiane.

As muitas preocupações

Não são poucas as questões que afligem a mulher. Há a que carregue complexos e precise lidar com a dor do abandono, da solidão e da inferioridade ou que precise encarar olhares acusadores, o preconceito e até a falta de direito de envelhecer. Enquanto o momento atual pede para que depositemos nosso fio de esperança no empoderamento feminino e em tantos movimentos, vale frisar que Maria encontrou conforto no Homem que foi O Primeiro que realmente valorizou a mulher.

Mas, segundo a palestrante, muitas mulheres, preocupadas com a própria vida amorosa, não têm feito quase nada para desenvolver um relacionamento mais íntimo com Deus. “Você precisa dar mais valor para Aquele que mais a valoriza, que quer seu bem, que mais tem para lhe dar. Senão, vai fazer o mesmo que o homem que a rejeita. O que ele faz com você pode ser o que você tem feito ao Senhor.”

“Deus quer honrá-la e fazer de você uma mulher de valor todos os dias da sua vida”, finaliza Cristiane.

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Colaborador

Por Flavia Francellino/ Fotos: Demetrio Koch