O brasileiro entregaria o seu país de bandeja?

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Em uma democracia, o debate, a ponderação e as divergências são fundamentais para que se chegue a decisões importantes para toda a nação. É normal que existam discordâncias e pontos de vista diversos. Entretanto isso é bem diferente de perseguir toda e qualquer atitude do atual governo que, diga-se de passagem, foi eleito democraticamente.

Críticas são importantes, mas elas precisam ser orientadas pela observação atenta das leis, das atribuições de cada órgão de Estado e de governo, das responsabilidades de cada cargo e das próprias diretrizes e propostas dos representantes que foram escolhidos pelo povo brasileiro para governar este país.

Não adianta dizer apenas que não gostou, tal como criança mimada, ou distorcer a realidade com opiniões disfarçadas de verdade absoluta. Atualmente, algumas campanhas supostamente contrárias às ações do governo estão na verdade jogando contra os interesses de todo o Brasil. Na ânsia de atacar adversários políticos, alguns grupos acabam destruindo a imagem do País e prejudicando interesses que vão muito além de mandatos e, quando o tiro sai pela culatra, todos perdem.

Recentemente, o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, se manifestou na rede social Twitter justamente sobre esse tipo de atitude contrária aos interesses do Brasil.

Referindo-se a uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que questionou a presença de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-25), ocorrida em dezembro do ano passado, na Espanha, o general explicou que a Abin tem competência legal para acompanhar esse tipo de evento. Para quem tem dúvida, a Lei nº 9883/99, que criou a Abin, está disponível na internet e basta consultá-la. Ou seja, não houve nenhuma ilegalidade. Servidores do Estado foram escalados justamente para atuar a favor do País. Então, qual seria o problema? Uma questão de gosto?

Dentro dessa lógica, o que é um bom brasileiro? Foi a partir dessa discussão que o general Heleno escreveu uma série de postagens no último dia 18 no Twitter. Para ele, “bom brasileiro se une a seus concidadãos, em busca de soluções viáveis para os problemas nacionais. Bom brasileiro analisa os desafios a enfrentar e se dedica a construir pontes para o futuro.”

O ministro ainda destacou a importância de estar alinhado aos interesses do País. Conforme as palavras dele, “bom brasileiro não se une a organizações estrangeiras, com interesses explicitamente contrários aos nossos, e cujos objetivos são intervir em assuntos internos do Brasil para tirar enormes proveitos econômicos e nos desqualificar internacionalmente.”

A discordância é importante, mas por que uma pessoa se alinharia contra os interesses de seu país? O general Heleno reconhece a divergência como ponto fundamental, lembrando que há algo maior que nos une: apesar de problemas e discussões, este é o nosso país. O Brasil não pertence a uma ou outra orientação política, mas à diversidade de pessoas que aqui nasceram ou que decidiram construir sua vida nesta terra. “Bons brasileiros discordam, discutem, ponderam, divergem, mas têm orgulho de saber que, durante séculos, gerações que nos antecederam preservaram nosso território, nossa cultura, nossas incalculáveis riquezas e nossa liberdade. Deu pra entender ou precisa desenhar?”

Um país melhor não se constrói com base em calúnias e em sua difamação. É preciso prestigiar o Brasil. Desdenhar da cultura, da história e de nossa soberania são atitudes ruins que podem levar o País a se tornar refém de terceiros. Será que algum brasileiro ou brasileira deseja entregar o nosso país de bandeja? Em nome de quê? Bom brasileiro defende o Brasil.

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Colaborador

Redação / Foto: Getty Images