O Anjos da Madrugada intensifica suas ações em tempos de frio

Conheça a história da voluntária Lúcia Moraes, que viveu nove meses pelas ruas de São Paulo e hoje ajuda pessoas que estão na mesma condição em que ela esteve um dia

Imagem de capa - O Anjos da Madrugada intensifica suas ações em tempos de frio

Para muitos, o inverno é sinônimo de elegância. É a época de tirar os casacos charmosos do armário, de renovar o estoque de cachecóis, de dormir com conforto embaixo do edredom. Mas, ao mesmo tempo, para mais de 2 milhões de brasileiros que vivem em situação de rua no Brasil, esses períodos de baixas temperaturas são torturantes. No último mês, somente na cidade de São Paulo, cinco pessoas morreram em razão do frio.

Se encarar a solidão o ano inteiro já é algo difícil para quem vive nessas condições, a situação fica ainda pior diante das chuvas e ventos gelados. “Tomar banho, por exemplo, fica praticamente impossível. Eu tinha crianças pequenas comigo e ainda um bebê de cinco meses. Sofri muito. Mas, em meio à tristeza, pude contar com a ajuda de algumas boas pessoas com doação de agasalhos e cobertores para sobreviver”, recorda Lúcia Barros Moraes, de 50 anos, (foto abaixo) estudante e ex-moradora de rua.

Mãe de quatro filhos, ela relata que ficou sem opção de moradia depois de perder a casa em um incêndio. “Não tinha com quem contar na época. Então, sem emprego e sem ter para aonde ir, fiquei sem alternativas. Passei nove meses morando pelas calçadas. Para mim, o mais difícil era ver meus filhos chorando em tempos de frio como esse que estamos agora”, lamenta.

Depois de alguns meses vivendo em situação de rua, ela conheceu o trabalho que a Universal realiza para ajudar as pessoas desabrigadas: o projeto Anjos da Madrugada.

“Eu achava que Deus tinha se esquecido de mim. Mas, quando um obreiro veio conversar comigo e me mostrou que, além de cobertores, eu poderia ter de volta a minha casa e a minha felicidade, desde que eu me voltasse para Deus e para a fé, uma chama de esperança nasceu em minha vida”, lembra Lúcia.

Ela aceitou o convite para participar de uma palestra na Universal e, a partir daquele dia, decidiu mudar aquela realidade para conseguir criar os filhos com segurança. “Como tomei a decisão de não aceitar mais aquela condição, dia após dia, por meio do auxílio dos voluntários e principalmente da fé que aprendi a ter, fui reconquistando tudo o que eu havia perdido. Hoje, moro em uma casa com meus filhos, trabalho e estudo para poder dar todo auxílio a eles. Nunca é tarde para recomeçar”, diz.

Ajuda que salva

Lúcia é hoje um dos milhares de voluntários da Universal que atendem mais de 40 mil pessoas em situação de rua no País. “Quando soube do trabalho, logo quis ajudar também. O Anjos da Madrugada é a minha família. Eu ajudo a preparar a alimentação que doamos e faço de tudo para que eles consigam transformar suas vidas como eu consegui. Sou a prova viva de que, se alguém estender a mão, a mudança se torna possível”, afirma.

Carinho com o próximo

A ideia de doar alimentos, roupas, cobertores e, principalmente, palavras de fé e motivação nasceu em 2011. Desde então, o projeto tem resgatado milhares de pessoas. “O trabalho é realizado em todo o Brasil e também em outros países, pois, onde há morador de rua e uma Universal, também haverá esse trabalho semanal”, explica Altamir Luciano, de 48 anos, corretor de seguros e vice-líder do Anjos da Madrugada em São Paulo.

Ele conta que a Universal tem a preocupação especial de dar uma oportunidade de recomeço. “Nessa época, nos preocupamos para que eles não passem fome nem frio. Mas, além disso, apresentamos opções para aqueles que desejam sair dar ruas. Primeiro, ensinamos o poder da fé, os levamos para as palestras e vamos acompanhando de perto a evolução. Assim, como no caso da Lúcia, temos visto muitas pessoas mudando suas realidades”, acrescenta.

Para que esse trabalho aconteça, ele reforça a necessidade da ajuda de todos. “Contamos com o auxílio daqueles que querem resgatar os necessitados. As doações, sejam roupas, sejam alimentos, podem ser feitas em qualquer Universal. Basta procurar o responsável pelo grupo de evangelização”, explica.

As pessoas que vivem hoje em situação de rua são acostumadas com os olhares de rejeição, mas quem estende a mão pode salvar uma vida e uma alma que clama por atenção.

Em tempos de falta de amor e de excesso de soberba, há quem lute por essa compaixão e pelo respeito à condição humana, sem esperar nada em troca.

Como você tem notado essas pessoas em situação de rua ao seu redor? Não se deve tratar de modo normal algo que ultrapassa as condições básicas de sobrevivência. Mais do que cobertores, é preciso doar amor, caridade e, sobretudo, espalhar a fé a todos que precisam.

A Universal mantém diversos projetos sociais e, por meio de seus voluntários, atua em vários setores da sociedade, com o objetivo de levar auxílio emocional, psicológico, material e, sobretudo, espiritual aos que necessitam, em asilos, orfanatos, hospitais, presídios, comunidades, entre outros locais.

Clique nos links abaixo e conheça alguns desses projetos:

Projeto Raabe (Auxílio a mulheres vítimas de violência doméstica)

Projeto T-Amar (Apoio a adolescentes grávidas e mães solteiras)

Projeto Ler e escrever (Alfabetização de jovens e adultos)

Anjos da madrugada (Ajuda a moradores de rua)

A Gente da comunidade (Ações sociais em comunidades)

Grupo Calebe (Incentivo e auxílio a idosos)

Força Jovem (Ações com os jovens)

Identificou-se com algum desses projetos? Então não perca mais tempo, procure uma Universal mais próxima e obtenha informações de como se tornar um voluntário. Não esqueça: “… Mais bem-aventurado é dar que receber.” Atos 20.35

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Colaborador

Por Ana Carolina Cury / Fotos: