Estamos em uma era de conveniências, em que formadores de opinião informam o que lhes convém, na qual fazer humor à custa dos outros é chamado de liberdade de expressão, em que amizades e relacionamentos são mantidos para equalizar perdas e em que muitos articulam uma vida com Deus da maneira que for melhor para si mesmos. Isso acontece quando as pessoas se tornam adaptadoras da Palavra de Deus à sua maneira, à sua realidade e às suas ambições. Infelizmente, há quem encontre incentivo em pregações que amenizam o arrependimento que deveriam sentir diante do pecado.

É confortável oferecer um Evangelho que vende a imagem de um Deus “papai do céu” que tolera tudo, porque, afinal de contas, ama o ser humano. De fato, Ele nos ama e por isso ofereceu Seu Filho em sacrifício para a Salvação de quem O aceitar. No entanto o que se observa são muitos cristãos fracos espiritualmente porque evitam que a Palavra de Deus confronte a condição espiritual em que se encontram.

Eles desconhecem a verdade, pois estão envolvidos em seus próprios sentimentos. Como diz a Palavra: “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” (Hebreus 4.12).

Para alguns, chega a ser frustrante descobrir a verdade sobre o próprio nível espiritual, mas essa descoberta é necessária para que se desenvolva e se amadureça em um relacionamento de intimidade com Ele.

APRENDIZADO
O livro Como Vencer suas Guerras pela Fé, do Bispo Edir Macedo, explica que “não existe uma frase mais cantada, divulgada e estampada em adesivos e camisetas do que ‘Deus é amor’ ou ‘Jesus ama você.’” Ele ainda esclarece que o conceito de que o amor é o principal atributo de Deus foi introduzido nesse meio e que “os demais (atributos) são meros coadjuvantes” de Seu caráter, mas que isso não é verdade.

“Embora o amor de Deus seja um atributo extraordinário pelo qual se conhece a Sua paciência, benignidade e fidelidade, não é a única característica que define o Senhor. Portanto, deixar de anunciar todas as faces do caráter Divino é deixar de pregar toda a Verdade sobre Ele. E justamente aqueles que mais falam do amor de Deus são os que mais ignoram a completude da Sua natureza e relaxam na Fé”, aborda.

Milhares de pessoas têm acompanhado esses e outros assuntos cuidadosamente abordados no livro, todas as quartas-feiras, durante a Escola da Fé, encontro que promove reflexão e avivamento espiritual. O livro ensina o leitor a usar a Fé a favor da Salvação eterna. No último encontro, dia 25, a Escola da Fé alertou justamente sobre os perigos da hipocrisia e do autoengano.

RECAPITULANDO
Por se apoiar na bondade, graça e paciência de Deus, há quem se esqueça de Seu zelo, santidade, justiça e temor. Então, entende-se a dificuldade de muitos de não conseguir parar de flertar com o pecado, já que acham que a ternura celestial os libera para cometer seus delitos espirituais. Mas a Bíblia nos ensina: “Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, benignidade, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado.” (Romanos 11.22).

Por isso é necessário conhecer o caráter de Deus em Sua totalidade. “Não negamos o amor de Deus, mas não considerar toda a natureza do Altíssimo é uma loucura. Se Deus não fosse justo, todas as suas qualidades perderiam a razão de existir. E, se Deus não fosse justo, Ele não seria Santo, porque falharia ao tratar igual o justo e o perverso”, diz o Bispo.

ALERTA ESPIRITUAL
Vale lembrar que a graça de Deus não é de graça. Afinal, ter uma vida com o Dono da Graça exige sacrifício diário da parte daqueles que desejam ser agraciados. A porta que garante a entrada no Reino dos Céus foi, é e sempre será estreita: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.” (Mateus 7.13-14).

NÃO SE PERCA
Todos nós estamos sujeitos a pecar. No entanto há uma diferença entre cair em pecado e insistir no erro. Deus, em sua misericórdia, está atento ao clamor dos humildes, arrependidos e desesperados espirituais. Contudo também está atento aos que, conhecedores da Verdade, brincam com o pecado e arriscam a Salvação da alma.

Há quem ainda não tenha se dado conta de que estamos diante de uma guerra espiritual e não no país das maravilhas. Todo cuidado é pouco. Diariamente somos bombardeados com pensamentos e intenções carnais e precisamos enfrentar o inferno, as seduções do mundo, o pecado e, principalmente, a nós mesmos.

Na próxima semana, os participantes da Escola da Fé saberão mais sobre o conteúdo do livro e os seus ensinamentos. Além de conhecer as armas e a melhor forma de usá-las, é preciso que o soldado conheça a si mesmo. Afinal, a Fé Salvadora pode interceder por quem ignora a verdade sobre si mesmo? Seria possível, em uma guerra espiritual, vencer sem ser espiritual? E como ser espiritual sem ter o Espírito Santo?

Participe e saiba mais.