No Japão, mais pessoas morrem por suicídio do que de Covid-19

Em 2020, 17 mil pessoas se mataram, enquanto 2 mil foram vítimas do novo coronavírus

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O mundo inteiro tem sofrido de alguma forma com a pandemia do novo coronavírus. Mas para os japoneses o pior inimigo tem sido o da saúde mental. De acordo com o órgão responsável pela segurança pública no país, mais pessoas morreram por suicídio em um mês do que de COVID-19 durante todo o ano.

A Agência Nacional de Polícia revelou que em outubro o número de suicídios foi de 2.153. Durante 2020, mais de 17 mil japoneses tiraram suas próprias vidas até o momento, informou a CBS. Em comparação, menos de 2 mil pessoas morreram de COVID-19 no país durante todo o ano.

“Precisamos confrontar seriamente esta realidade”, disse o porta-voz do governo Katsunobu Kato esta semana. Ele anunciou novas iniciativas a fim de ajudar às pessoas por meio de linhas diretas de suicídio e alcance de mídia social. As autoridades japonesas também aumentaram o financiamento para a prevenção do suicídio, acrescentando US $ 10 milhões ao orçamento de US $ 24 milhões.

Ela tentou o suicídio duas vezes

A biomédica Thalita Vasconcelos, de 23 anos, contou recentemente ao Jornal Folha Universal que aos seis anos já se sentia uma criança excluída pela própria família. “Eu pensava que os meus pais não gostavam de mim, apesar deles serem ótimos pais.” Ela ressalta que sempre buscava a aceitação das pessoas e que na pré-adolescência começou a desenvolver depressão. “Eu passei por consultas com psicólogos, psicopedagogos e até com neurologistas e foi em uma dessas consultas que fui diagnosticada com dislexia”, explica.

automutilação, depressão, relações abusivas e tentativas de suicídio

Ela relembra que, aos 12 anos, tinha um perfil falso em uma rede social e que, por meio da influência de outros usuários, ela começou a se automutilar. “Toda vez que me cortava eu me arrependia e no final a dor sempre estava lá. Até que um dia tentei o suicídio pela primeira vez ingerindo vários comprimidos.”

Além disso, ela começou a ter crises de ansiedade a ponto de parar no pronto-socorro. Ninguém percebia o que realmente ela estava vivendo, até que ela tentou o suicídio pela segunda vez. “Dessa vez me cortei com a intenção de sangrar até a morte, mas acabei me arrependendo”, relata.

Thalita já conhecia o trabalho da Universal, pois seus pais já frequentavam a Igreja desde que ela era pequena. Então, aos 20 anos, cansada daquela situação, ela decidiu ir às reuniões.

A mudança
A biomédica Thalita Vasconcelos, de 23 anos, conta que aos seis anos já se sentia uma criança excluída pela própria família. “Eu pensava que os meus paisA jovem começou a frequentar as reuniões e a compreender o seu real valor. “Aprendi a vencer meus pensamentos de derrota e de fracasso, os sentimentos de inutilidade e comecei a me perdoar, perdoar meus pais e a entender que eles nunca tiveram culpa de nada.”

Não demorou para que ela tivesse seu encontro com Deus. “Entendi o propósito da minha vida e fui batizada com o Espírito Santo. Hoje sou feliz e completa. Tenho vida e levo vida a outras pessoas. Não tenho mais complexo de inferioridade, me amo e sei o valor que tenho.”

Ela reconhece que a Fé a transformou. “Não preciso mais preencher meu vazio com amizades, festas ou mudanças radicais e constantes de visual, pois sou preenchida pelo Espírito Santo, a razão da minha existência, o melhor espelho em que poderia me olhar”, conclui.

Encontro de fé na Universal

Às sextas-feiras, na Universal, acontece uma reunião dirigida a quem sofre com os problemas da alma, inclusive a depressão e os pensamentos suicidas. É a Sessão do Descarrego. Se você está sofrendo ou conhece alguém que padece desses males, participe desse encontro de fé. No Templo de Salomão, em São Paulo, as reuniões acontecem às 7h, 10h, 12h, 15h e às 20h.

Caso esteja em outras localidades, procure aqui o endereço mais perto de sua casa.

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Colaborador

Rafaella Rizzo / Foto: Getty Images