Automutilação, depressão, relações abusivas e tentativas de suicídio

Os problemas de Thalita Vasconcelos começaram aos seis anos de idade

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A biomédica Thalita Vasconcelos, de 23 anos, conta que aos seis anos já se sentia uma criança excluída pela própria família. “Eu pensava que os meus pais não gostavam de mim, apesar deles serem ótimos pais.” Ela ressalta que sempre buscava a aceitação das pessoas e que na pré-adolescência começou a desenvolver depressão. “Eu passei por consultas com psicólogos, psicopedagogos e até com neurologistas e foi em uma dessas consultas que fui diagnosticada com dislexia”, explica.

A dislexia consiste na dificuldade de compreender a leitura, após a ocorrência de uma lesão no sistema nervoso central, por quem antes conseguia ler. Quando Thalita recebeu esse diagnóstico, ela se sentiu ainda mais inútil. “Passei a ficar dopada por causa de tanto remédio que eu tomava.”

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Ela relembra que, aos 12 anos, tinha um perfil falso em uma rede social e que, por meio da influência de outros usuários, ela começou a se automutilar. “Toda vez que me cortava eu me arrependia e no final a dor sempre estava lá. Até que um dia tentei o suicídio pela primeira vez ingerindo vários comprimidos.”

Thalita se envolveu em relacionamentos abusivos e para preencher sua carência e se vingar dos ex-namorados, mudava sempre o seu visual. Além disso, ela começou a ter crises de ansiedade a ponto de parar no pronto-socorro. Ninguém percebia o que realmente ela estava vivendo, até que ela tentou o suicídio pela segunda vez. “Dessa vez me cortei com a intenção de sangrar até a morte, mas acabei me arrependendo”, relata.

Thalita já conhecia o trabalho da Universal, pois seus pais já frequentavam a Igreja desde que ela era pequena. Então, aos 20 anos, cansada daquela situação, ela decidiu ir às reuniões.

A mudança
A jovem começou a frequentar as reuniões e a compreender o seu real valor. “Aprendi a vencer meus pensamentos de derrota e de fracasso, os sentimentos de inutilidade e comecei a me perdoar, perdoar meus pais e a entender que eles nunca tiveram culpa de nada.”

Não demorou para que ela tivesse seu encontro com Deus. “Entendi o propósito da minha vida e fui batizada com o Espírito Santo. Hoje sou feliz e completa.Tenho vida e levo vida a outras pessoas. Não tenho mais complexo de inferioridade, me amo e sei o valor que tenho.”

Ela reconhece que a Fé a transformou. “Não preciso mais preencher meu vazio com amizades, festas ou mudanças radicais e constantes de visual, pois sou preenchida pelo Espírito Santo, a razão da minha existência, o melhor espelho em que poderia me olhar”, conclui.

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Colaborador

Maiara Máximo / Fotos: arquivo pessoal