Não fique “em cima do muro”
Um homem deve ser capaz de ser decidido e de defender suas posições, mesmo contra as conveniências e facilidades da maioria
Sabe aquele homem que está sempre “em cima do muro”? Ele não decide de que lado está em situações sérias tampouco nas informais.
Nunca toma partido de nada, é indefinido em suas posturas e princípios e fica sempre sem opinar – ainda que não seja obrigatório ter uma opinião sobre tudo, claro.
Não seja como ele. Um sujeito que tem esse comportamento não sabe como agir em uma emergência nem transmite nenhuma firmeza à esposa e aos familiares. Não pode ser considerado sequer um coadjuvante no filme de sua própria vida – ele está mais para figurante.
É claro que estar temporariamente indeciso é possível quando o homem ainda não pensou bem sobre um determinado assunto e não pôs tudo na balança para chegar a uma opinião. O problema é quando ele nem chega a sair do muro, evita refletir e nunca chega a uma decisão. Afinal, saber qual decisão tomar é tão importante quanto o fato de realmente tomá-la.
Imagine-se na França ocupada pelo nazismo na Segunda Guerra Mundial. Houve os que aderiram aos alemães para defender seus interesses ou para sobreviver – alguns temendo pela segurança da família. Eram chamados de colaboracionistas, o que incluía o próprio governo francês. Esses homens assumiram aquela decisão.
Outros, no entanto, não se conformaram em ver seu próprio país ocupado por Hitler. Mesmo contrariando as ordens do governo colaboracionista, desenvolveram uma grande rede de informações que gerou ações pontuais e decisivas. Por isso hoje conhecemos a chamada Resistência Francesa, que tanto ajudou os aliados. Se atualmente a França festeja tanto o tripé “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” é graças a eles, que tomaram uma decisão, mesmo pondo as próprias vidas em perigo.
Nos tempos bíblicos relatados no Antigo Testamento, certa vez os territórios israelitas foram invadidos pelos filisteus. Alguns fugiram, mas outros não aceitaram que suas lavouras, casas e rebanhos fossem tomados facilmente pelos inimigos. Um deles, chamado Samá, ousou não arredar pé de uma plantação de lentilhas muito importante para o sustento da população, como está escrito em 2 Samuel 23.12: “Este, pois, se pôs no meio daquele pedaço de terra, e o defendeu, e feriu os filisteus; e o Senhor efetuou um grande livramento”.
Samá tomou literalmente uma posição com o intuito de lutar pelo que era resultado do suor de todos e essencial para o mantimento. Na certa, ninguém o criticaria se ele fugisse e buscasse a segurança, diante de invasores tão temidos e famosos pela crueldade. Mas ele confiou em Deus, o Todo- Poderoso, e, assim, não retrocedeu. Lutou, venceu e garantiu o alimento de todo o povo.
Quantos homens hoje ficam sem tomar posição em suas “lavouras” (família, patrimônio, casamento, saúde, etc.) contra os “filisteus” (vícios, más influências, desorganização financeira, hábitos nocivos, infidelidade, etc.) que tentam destruí-las?
Assim como os homens e mulheres da Resistência e como Samá, seja corajoso, tendo Deus ao seu lado. E não caia na armadilha da dúvida que adia ou impede uma decisão. Tome uma posição. Esse conselho, aliás, o próprio Senhor Jesus deu em uma de Suas grandes pregações: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna”. (Mateus 5.37).
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