Não espere sentir na pele
A campanha Dezembro Laranja alerta para um dos cânceres mais comuns no Brasil e no mundo. Saiba como não "dar pinta" para o câncer de pele
Em dezembro começa o verão e, provavelmente, o desejo de sombra e água fresca nunca fez tanto sentido como atualmente. Basta lembrar dos recordes recentes de ondas de calor. É inevitável, portanto, falarmos de proteção, cuidado e atenção e trazer à tona a campanha Dezembro Laranja. A iniciativa foi criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) com o objetivo de prevenir o câncer de pele, doença causada, especialmente, pela exposição excessiva ao sol.
De acordo com informações publicadas na Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, lançada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), o tumor maligno com maior incidência no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelo de mama feminina (10,5%), de próstata (10,2%), de cólon e reto (6,5%), de pulmão (4,6%) e de estômago (3,1%). Embora possua baixo risco de letalidade, o câncer de pele é um problema de saúde pública, em razão do grande número de registros.
O Inca ainda considera que a radiação solar pode atingir as pessoas das seguintes formas: diretamente, dispersa a céu aberto ou refletida no ambiente. O clima tropical, o acesso às praias e o desejo de se bronzear, além do trabalho ao ar livre, portanto, podem ocasionar uma exposição exagerada. São exatamente as pessoas que se expõem prolongada e constantemente ao sol que constituem o grupo com maior risco de contrair câncer de pele nas áreas que ficam mais expostas, como rosto, pescoço e orelhas.
O câncer de pele é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, sendo considerado raro em crianças e pessoas negras, de acordo com o Ministério da Saúde.
IMPORTÂNCIA
A dermatologista Priscilla Pereira destaca a importância da campanha Dezembro Laranja: “ela reforça os cuidados que devemos ter contra o câncer de pele. Nós, dermatologistas, buscamos alertar a população, pois, com com a adoção das ações adequadas, podemos prevenir seu surgimento. A prevenção é muito importante”, avalia.
E, se a pessoa não percebe que algo não vai bem com a própria saúde, ela pode “dar pinta” para a doença. “O câncer de pele se assemelha a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Por isso, conhecer bem a pele e saber se esses sinais surgiram em alguma área fazem toda a diferença para detectar qualquer irregularidade”, diz Priscilla.
Confira, nos quadros a seguir, outras informações que merecem consideração para fazer a prevenção, a detecção ou o tratamento.