Na África do Sul, Templo da Universal em lixão completa um ano
Desde a inauguração, 34,9 mil refeições já foram distribuídas a moradores carentes
O primeiro templo da Igreja Universal do Reino de Deus funcionando em um lixão na África do Sul, na cidade de Soweto, completou um ano de inauguração no último domingo (26). O espaço que atende uma comunidade com famílias em situação de extrema pobreza, ofereceu, desde a sua instalação, 34,9 mil refeições, 1,5 mil cestas básicas e 6,6 mil peças de roupas. Cerca de 200 pessoas são beneficiadas diariamente.
Uma das pessoas impactadas por esse trabalho é Moshoeshoe Motshweni, de 37 anos. “Nasci em um lar violento no Lesoto, e já na adolescência comecei a beber e usar drogas. Vim para África do Sul pois acreditava que a vida seria melhor aqui, mas, por não ter outra opção, acabei vindo morar em um barraco de um amigo aqui no lixão”.
“Recebi o convite e fui à inauguração [do templo]. Desde então, tenho frequentado a Universal. Superei a raiva, parei de beber e não fumo mais. Tenho conseguido administrar melhor o que eu ganho e a minha vida está progredindo. Todos os dias depois do trabalho, vou à Igreja, e, gratuitamente, janto, pego água e vou para casa”, finaliza.
O lixão localizado no Union Avenue Dumpsite, recebe os dejetos da maior cidade sul-africana, Joanesburgo, e os moradores que ali residem, muitas vezes, precisavam se alimentar de restos de comida que encontravam. Hoje, respeitando todos os protocolos sanitários para evitar a propagação da COVID-19, recebem da Universal, diariamente, almoço e jantar.
“Minha vida estava muito difícil, tinha muita dificuldade para cuidar dos meus filhos. Com a chegada da Igreja, meus filhos não passam mais fome. Temos o apoio aqui e todos os dias recebemos comida e água potável para levarmos para casa”, relata a moradora Lerato Hloa, 40 anos.
Além do alimento doado, a Universal instalou um tonel de água potável ao lado do templo. Toda a comunidade tem acesso e pode utilizá-lo, gratuitamente, a qualquer momento. A voluntária Zoleka Gertrude, 30 anos, explica que, antes, “as mulheres lavavam as roupas no rio, onde a água é muito suja, e levavam aquela água para casa, para beber e cozinhar”.
Em celebração ao aniversário, foi realizado um almoço especial no último sábado (25) para toda comunidade. Na oportunidade, kits com brinquedos e doces foram distribuídos para as crianças.
Motivo para sorrir
O responsável pela Universal no país, Bispo Marcelo Pires, afirma que cada porta da Universal que é aberta, seja em um bairro nobre, de classe média, baixa, ou até mesmo em um lixão, “ali é oferecido uma oportunidade para quem está sofrendo”.
“Sem esperança, desprezados pela maioria como se fossem invisíveis e sem nenhum tipo de ajuda, muitos [moradores do lixão] tentaram até mesmo cometer o suicídio, mas nesse um ano o cenário mudou. Temos pessoas que abandonaram o vício das drogas e prostituição, alguns moradores já até se mudaram do local, mas continuam participando das reuniões no Lethabong – palavra em sotho, uma língua do país –, nome que demos ao local e que significa ‘motivo para sorrir’”, relata o responsável.
Apoio a quem precisa
De acordo com o relatório da organização das Nações Unidas (ONU), houve um agravamento da fome mundial em 2020 e a África foi o continente que registrou o aumento mais significativo. O estudo aponta que 21% da população africana enfrenta a escassez de alimentos, o que equivale a 282 milhões de pessoas.
Cerca de 100 voluntários da Universal atuam de forma ativa no amparo e ressocialização dos moradores da comunidade no Union Avenue Dumpsite. São oferecidos tratamento de viciados em drogas, auxílio aos estudantes, cabine móvel de banho e aconselhamento a mulheres e crianças que foram ou estão sendo vítimas de abuso.
Há 29 anos presente na África do Sul, a Universal desenvolve programas sociais que ajudam os segmentos mais fragilizados da sociedade local. Apenas em 2020, foram 575 mil beneficiados no país, com o apoio de 5,5 mil voluntários.
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