“Minha vida era dormir e usar droga”

Adriano Costa consumia cocaína e sofria ameaças de morte por conta de dívidas com o tráfico. Tudo mudou depois que ele levou cinco tiros à queima-roupa

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O técnico em enfermagem Adriano Costa, de 35 anos (foto a dir.), não imaginava o quanto a escolha das amizades, ainda na adolescência, impactaria a sua vida. Aos 19 anos, os amigos lhe ofereceram maconha e cocaína.

No início, ele usava cocaína uma vez por mês. Com o decorrer do tempo, passou a usar todos os dias. “Eu tive oportunidade de entrar na faculdade, mas abri mão. Eu trabalhava e o que recebia gastava em drogas. Perdia todas as oportunidades”, relata.

O vício o fez roubar o dinheiro dos pais e pegar pertences de casa para comprar o entorpecente. “Perdi a vontade de trabalhar. Minha vida se resumia em dormir e usar droga.”

A família não aguentava mais o vício de Adriano e decidiu interná-lo em uma clínica para dependentes químicos. Depois de três meses na clínica, ele retornou para casa. Contudo, em menos de uma semana, voltou a usar drogas.

A família achou que mandar Adriano para outro Estado, para que morasse com parentes, seria a solução. Ele foi para Sergipe, mas não adiantou. “Como eu não tinha mais condições financeiras de sustentar o vício, decidi entrar para a criminalidade, para conseguir comprar cocaína.” O vício o dominou de tal maneira que ele consumia três vezes mais do que o dinheiro que conseguia para pagar a droga.

Ele se endividou com traficantes e passou a receber ameaças de morte. Um dia, ao sair de casa, foi atingido com cinco tiros à queima- roupa por uma pessoa que passou em uma moto.

Os projéteis atingiram pulmão e intestino e uma das balas ficou alojada próxima à coluna. Adriano ficou cinco dias em coma. “Quando acordei e vi minha mãe em Sergipe, para me visitar, lembrei das orações e convites que ela fez para que eu fosse à Igreja”, diz. Sua mãe já frequentava a Universal há anos, mas ele sempre recusava seus convites.

Ele passou três meses internado. Logo que saiu do hospital, decidiu que não queria mais aquela vida. Sua mãe o levou para a Igreja ainda em Sergipe e ele recebeu auxílio dos pastores e obreiros. “A postura da minha mãe, que sempre acreditou em mim em vez de me julgar, foi o que me deu forças para mudar. Não foi fácil, mas perseverei pela minha libertação”, conta.

Ele se libertou das drogas e investiu na carreira na área de saúde. Hoje é um profissional bem-sucedido, vive feliz e com a paz tão desejada.

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Colaborador

Por Michele Francisco / Fotos: Cedidas