“Minha filha era rejeitada por causa do medo de contaminação”
A luta contra a psoríase alterou o cotidiano de Nara de Araújo e de sua filha, Anna Alice, e desafiou as perspectivas médicas
Em abril de 2017, a vida de Nara Neres de Araújo e de sua filha, Anna Alice de Araujo Lobato, de apenas dez anos na época, que moram no bairro de Guaianases, na zona leste de São Paulo, tomou um rumo inesperado. O que parecia uma simples irritação na pele da menina se transformou em uma batalha contra a psoríase.
Nara, de 42 anos e que atua como babá, lembra o início desse doloroso episódio: “apareceu uma feridinha na orelha da minha filha, no local do brinco, e como, na época, ela trocava bastante de brinco, achei que fosse algo comum. Passei uma pomadinha, mas, após dois dias, a ferida aumentou e apareceu também no rosto”, relata. O quadro se agravou rapidamente e as feridas se espalharam para o rosto, a sobrancelha, as costas, a barriga, os cotovelos, as pernas e até o couro cabeludo.

EM BUSCA DE SOLUÇÃO
Na primeira semana que o problema ocorreu, Nara levou a filha ao consultório de um pediatra que a diagnosticou com alergia alimentar. Ele prescreveu uma medicação, mas, depois da administração, além do problema persistir, ele se agravou. Cerca de 15 dias depois, Nara foi a outro pediatra, que indicou um medicamento diferente, que também não apresentou resultados positivos. Anna Alice fez um tratamento com pomadas, mas não melhorou.
Um terceiro pediatra avaliou que a alergia poderia ser sanguínea e prescreveu medicamentos específicos para esse diagnóstico. No entanto, após a ingestão de cinco frascos do remédio, a condição de Anna Alice piorou mais uma vez. As feridas, que já estavam em crescimento, começaram a liberar um líquido e formavam cascas que se transformavam em pó. O ato de coçar, embora inevitável, prejudicava ainda mais o quadro da menina.
O impacto disso na vida escolar de Anna Alice foi significativo. A situação se tornou motivo de preocupação na escola e a professora sugeriu que ela não frequentasse as aulas e que Nara levasse atestados médicos, tamanha era a preocupação com uma possível transmissão da doença a outros alunos. O desconforto gerado pelas feridas também afetou a interação de Anna Alice com outras crianças. “Os colegas e professores rejeitavam a minha filha por medo de contaminação”, diz Nara. Ela acrescenta que, na época, dividia a cama com a filha e não foi afetada pelo problema, o que afastou o receio de transmissão. Anna Alice ainda passou pelo quarto médico, mas o problema persistiu.

A reviravolta aconteceu durante uma consulta de rotina com a pediatra que já acompanhava a menina havia muito tempo. Nara explicou a ela que já tinha consultado quatro médicos diferentes e levou as receitas anteriores para análise dela.
A médica, que também era dermatologista, deu o diagnóstico depois da avaliação visual das lesões: psoríase. Ela disse que não existia cura para a psoríase e previu um agravamento da doença. “Ela continuou indicando exames para a elaboração de um laudo e ressaltou que a psoríase seria uma condição permanente. Foi prescrito um remédio paliativo para reduzir a coceira e uma pomada para evitar ressecamento excessivo da pele, o que poderia levar a sangramentos e infecções”, lembra Nara.
DECISÃO DIFERENTE
Ao retornar para casa, Nara olhou para os exames prescritos e tomou uma decisão diferente: “eu não aceitei o diagnóstico e recorri à fé”, conta ela, que já frequentava a Universal havia cinco anos. Em uma reunião no Templo de Salomão, em São Paulo, ela testemunhou um problema semelhante ao de sua filha e percebeu que estava travando uma batalha espiritual.
Nara começou a participar das reuniões de terça-feira na igreja e levava uma garrafa de água para que fosse consagrada a Deus. Essa água, que simbolizava a fé, era utilizada de diversas maneiras: para o banho da filha, para consumo e para aplicação nas feridas com algodão.
Apesar das dificuldades e do olhar julgador de algumas pessoas, Nara perseverou na sua fé. “Teve dias em que era ruim chegar aos lugares porque as pessoas observavam a minha filha e eu via os olhares de julgamento, mas continuei na fé”, relembra.
Com o passar dos meses, Anna Alice começou a apresentar melhoras significativas. “Dediquei-me incansavelmente à luta pela cura, perseverando todas as terças-feiras e enfrentando várias adversidades para chegar à reunião”.
Quatro meses depois do início do problema, as feridas começaram a secar e deixavam apenas manchas na pele. A transformação completa ocorreu em novembro, quando todas as feridas desapareceram sem deixar cicatrizes. A sobrancelha e o cabelo de Anna Alice, que também tinham sido afetados, foram totalmente restaurados. “Não ficou cicatriz nem manchas na pele,” emociona-se Nara.
Nara dá mais um detalhe de sua experiência: “a cura não foi da noite para o dia nem foi fácil. Houve dias difíceis, mas eu estava determinada. A minha filha não ficaria o resto da vida com isso”. A fé e a perseverança prevaleceram e resultaram não apenas na cura física, mas também na restauração da autoestima de Anna Alice.
Psoríase
A psoríase é uma condição de pele não contagiosa e se manifesta com o aparecimento de manchas rosáceas ou avermelhadas, acompanhadas de escamas esbranquiçadas. Suas causas permanecem desconhecidas e os sintomas, que incluem lesões de diversos tamanhos e escamas secas, podem apresentar melhoras seguidas de recaídas e a doença impacta jovens e adultos.
Os locais frequentemente afetados são o couro cabeludo, as palmas das mãos, os joelhos, cotovelos, as plantas dos pés, unhas e o tronco. O tratamento inclui uso de medicamentos para aplicação tópica ou ingestão, com abordagens variadas conforme a gravidade do quadro. Nos casos leves e moderados são indicados medicamentos locais, hidratação da pele e exposição ao sol.
FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE
Cura total pela fé
Você também pode usar a fé e obter a cura para si mesmo, ou para um familiar. Participe da Corrente dos 70, que ocorre todas as terças-feiras na Universal.
No Templo de Salomão, em São Paulo, os horários são às 10h, 15h e 20h. Você ainda pode participar em uma Universal mais próxima.
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