Imagine receber uma carta do Senhor Jesus em que Ele destaca suas obras, sua paciência e sua resiliência diante da perseguição e, ao mesmo tempo, faz uma ressalva: “tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor” (Apocalipse 2.4).

Essa foi a carta recebida pelo anjo da igreja de Éfeso. Ela continha elogios, mas também uma advertência que serve para todos os servos. Foi em relação a isso que o Bispo Edir Macedo e o Bispo Renato Cardoso meditaram e ensinaram aos obreiros na primeira reunião nacional deste ano, realizada no dia 6 de janeiro.

A Igreja Universal trabalha para ganhar almas e para ajudar os necessitados 24 horas por dia. Por isso, os Bispos ressaltaram a importância de que cada voluntário da Obra jamais abandone o primeiro amor. “O corpo, depois de estar sentado muito tempo no mesmo lugar, relaxa. E é assim também com a vida espiritual, a oração e a vida com Deus. A tendência é relaxar, então ninguém está imune a isso, nem o anjo que tinha o Espírito Santo e era líder da igreja [de Éfeso] estava imune”, disse o Bispo Renato. “O amadurecimento na fé deve aguçar e aumentar o primeiro amor”, acrescentou.

A perda do primeiro amor é notada pela perda do temor a Deus, da santidade e do respeito às coisas de Deus; pela falta de cuidado com os pensamentos, as palavras e as atitudes; e pela falta de zelo, atenção aos detalhes e de amor pelas almas. É esse amor pelas almas que transformou a vida do casal de novos obreiros Tatiane Castro, (foto abaixo) de 41 anos, secretária, e Alexsandro de Castro, de 41 anos, empresário. Ela conta que eles chegaram à Universal “destruídos” e o Senhor Jesus, com Sua misericórdia, os perdoou, curou e salvou. Para Tatiane, o alerta do Bispo “reforçou mais ainda o cuidado que devemos ter para nunca perder esse primeiro amor, cuidar da nossa alma e do nosso casamento, pois isso reflete diariamente na Obra de Deus”.

Temor e Salvação
O Bispo Macedo enfatizou que a pior característica da perda do primeiro amor é a perda do temor a Deus, o que coloca a Salvação da sua alma em risco: “se você está em comunhão com Deus, se o seu temor para com Deus é latente, então você tem a Salvação dentro de si (…). Quem tem a Salvação garantida está em paz porque sua alma está vivendo submissa ao Espírito de Deus”.

Ter essa paz e a certeza da Salvação antecede qualquer título e Emily Silva, (foto abaixo) jornalista de 24 anos, sabe disso. Ela já tinha sido obreira e, ao perceber que não havia nascido de novo, saiu da Obra e começou a cuidar de si mesma e a buscar o Espírito Santo. Agora, cinco anos depois, Deus a honrou e deu a ela a oportunidade de retornar, dessa vez com as condições espirituais necessárias e ao lado da família. Emily foi graduada a obreira com sua mãe, a empresária Maria Edna Silva, de 48 anos, e as irmãs Bianca e Beatriz, de 18 anos, estudantes. “O prazer de servir a Deus, principalmente com a minha família, é um dos maiores prazeres que uma pessoa pode ter. Para nós, é uma honra evangelizar juntas, falar de Jesus juntas. Mas nada se compara à Presença de Deus, nada se compara à honra de fazer a Obra dEle porque foi Ele que nos escolheu”, conta.

Servir e Santificar a Deus
No encontro realizado no Templo de Salomão, em São Paulo, o Bispo Adilson Silva, responsável pelos obreiros, anunciou que ao longo deste ano os obreiros encherão o celeiro de Deus com almas: “quando falamos de discipulado, não estamos falando de soma, estamos falando de multiplicação. Um seguidor soma, mas o discípulo multiplica e é isso que vamos fazer. Nós vamos multiplicar”.

Fazer parte da Obra de Deus é algo sério e tratado com extremo temor. Por isso, atualmente, há um processo longo, porém, cheio de ensinamentos, para que os novos voluntários passem a fazer parte do corpo eclesiástico da Universal. É necessário realizar o Curso Preparatório para Obreiros (CPO), em seguida passar um período como colaborador e só depois ser graduado como obreiro.

Ilani dos Santos, de 48 anos, administradora, e seu esposo, Jeanio dos Santos, (foto abaixo) de 56 anos, empresário, afirmam que ao longo do CPO aprenderam que tudo que fazem como servos deve ser com excelência e que continuaram aprendendo enquanto atuavam como colaboradores. Ela diz que eles sempre estão dispostos a levar uma Palavra para as almas aflitas e, agora, como obreiros, continuarão praticando isso: “sabemos que quanto mais é dado, mais é cobrado. A reunião de sábado
foi muito especial e esclarecedora sobre como devemos servir, que é não deixando a fé esfriar nem trabalhando no automático”.

O Bispo Adilson realizou a graduação dos novos 8.099 obreiros espalhados pelo Brasil e lembrou que fazer a Obra de Deus é ser uma ponte entre o aflito e o Senhor Jesus: “se você der um mau testemunho, em vez de ganhar almas, você poderá vacinar as pessoas contra o Evangelho, envergonhando o Nome de Jesus. Você tem que santificar o Nome de Jesus”, disse. “Santificar o Nome dEle não é falar coisas, mas é a maneira como você se porta, é a maneira como você se conduz”.