Mais de 5 mil roubos por dia

Crimes cometidos contra transeuntes no Brasil são assustadores. Entenda a situação e saiba como se proteger para não entrar nas estatísticas ou, ao menos, minimizar os danos

Em todo o Brasil há bairros já conhecidos pela grande incidência de assaltos. Mas mesmo bairros antes tidos como mais tranquilos estão passando pelo problema de forma crescente. O caso de Renan Silva Loureiro, de 20 anos, assassinado a tiros por um assaltante de moto disfarçado de entregador de aplicativo revoltou todo o País e destacou, uma vez mais, o tamanho da violência que enfrentamos diariamente, tanto nas capitais quanto em cidades menores.

Renan, segundo mostrou a imprensa, era um jovem trabalhador que havia acabado de receber uma proposta de promoção, estudante de administração e muito querido entre os seus. Voltava do trabalho e levava a namorada em casa quando o assalto ocorreu. O suspeito foi preso, confessou o crime e a polícia procura seu cúmplice. Quantos trabalhadores como Renan continuarão a ter suas vidas abreviadas por criminosos por causa de celulares ou outros bens que conquistaram com seu suor?

Pesquisa feita pela Rede Nossa São Paulo, iniciativa que reúne organizações de várias esferas sociais, mostra que 64% dos paulistas, se pudessem, se mudariam da cidade.

O motivo mais citado foi justamente a violência (28% das menções), com a criminalidade vindo em segundo (17%).

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, acontece um assalto a cada 4 minutos na capital paulista e, no Brasil, mais de 2 milhões de furtos e roubos a transeuntes foram registrados em 2020. Mas, segundo a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), o brasileiro não tem costume de registrar a ocorrência de crimes como assaltos por causa da baixa probabilidade de recuperar seus bens. Essa atitude é errada, pois a polícia trabalha muito com estatísticas, reforçando o policiamento nas áreas onde há mais registros. É o modo de a corporação distribuir o efetivo de forma mais eficaz.

Alvo: celulares
Segundo a PCSC, entre os tipos de assalto cresce, sobretudo, o roubo a celulares (apesar de dinheiro e outros bens também serem levados), como ocorreu com Renan, para que os criminosos tenham acesso a dados financeiros da vítima e possam realizar operações em aplicativos bancários, além do PIX, que permite depósitos instantâneos e tem chamado muito a atenção dos ladrões, que coagem a vítima a dar suas senhas.

Acompanhe no infográfico a seguir dicas da polícia catarinense para evitar esse tipo de crime e informações sobre como proceder caso seja vítima dele. A população pode ajudar muito a diminuir essas tristes estatísticas, em uma reeducação de hábitos muito necessária.

 

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Colaborador

Redação / Arte: Edi Edson