Mais de 40% dos dados expostos no mundo têm como origem o Brasil
Saiba como a Lei Geral de Proteção de Dados pode ajudar você a proteger suas informações contra exposições indevidas e ataques de hackers
A coleta de informações de quem acessa a internet é mais intensa a cada dia que passa. Instituições e empresas utilizam cookies e algorítmos (veja quadro ao lado) para capturar os dados dos usuários e estabelecer perfis com os mais diferentes objetivos, como prestar serviços ou vender, por exemplo. Muitos hackers também querem essas informações para aplicar os mais variados golpes. Contudo uma pesquisa realizada pela empresa de segurança Tenable Research mostra, por exemplo, que do total de 257 terabytes de informações expostas no ano passado 112 terabytes tiveram origem no Brasil. Nosso país apresentou o maior volume, totalizando 43% do total de dados expostos. Há como se resguardar de ações desse tipo?
Para Vinicius Carneiro, de 44 anos, advogado especialista em proteção de dados e membro da comissão de segurança, privacidade e inteligência artificial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), tudo que fazemos na internet pode ser rastreado: “as músicas que ouvimos e as mensagens que enviamos podem estar seguras, mas todas elas deixam rastros. Além disso, dados sensíveis indevidamente comercializados podem levar a crimes financeiros, à quebra de sigilo fiscal, a desvio de dinheiro, ao estelionato e ao uso indevido de imagens, especialmente de crianças, para fins criminosos. Os dados que todos falam, mas que quase ninguém vê, são valiosos”.
Já para José Alfredo Junior, de 39 anos, especialista em segurança da informação, encarregado pelo departamento de privacidade de dados e pelo tratamento de dados pessoais na Universal, é necessário conhecer e aplicar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no dia a dia. “Ela foi criada com o objetivo de proteger os direitos fundamentais relacionados à esfera informacional do cidadão e assegura maior transparência quanto ao tratamento dos dados, além de conferir protagonismo ao titular quanto ao seu uso”, explica.
Alfredo Junior recomenda que as pessoas verifiquem se os sites que elas acessam diariamente estão adequados à LGPD: “veja se eles têm uma política de privacidade publicada e clara sobre quais dados são colhidos, como são tratados, se existe um encarregado de proteção de dados devidamente nomeado e de que forma o titular pode fazer contato para validar seus direitos constituídos pela LGPD. Se o titular se sentir lesado de alguma forma em relação aos seus dados pessoais, deve entrar em contato imediatamente com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD)”.
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