Lobos associados com raposas
Um grupo de líderes esquerdistas se uniu em um jantar em um famoso restaurante em São Paulo conhecido por ser frequentado pela elite paulista. O encontro foi para ensaiar uma eventual aliança política entre o presidente de honra do PT, Lula, e o ex-presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, para disputar as eleições presidenciais deste ano. A ideia é formar uma ampla frente de adversários do presidente Jair Bolsonaro para tentar voltar ao poder nas próximas eleições.
É no mínimo estranho e contraditório ver pessoas que se dizem defensoras dos mais pobres e necessitados reunirem-se para tratar de alianças políticas para governar o País em um ambiente luxuoso, frequentado por ricos e abastados. Se houvesse coerência no discurso político dos esquerdistas, daqueles que usam a causa dos pobres para se beneficiarem do poder, o mais sensato não seria fazer um encontro partidário em um lugar mais modesto?
O jantar assemelhou-se com a reunião de uma alcateia. Os convidados são figuras conhecidas nos fóruns criminais. O PT, liderado por Lula; a deputada Gleisi Hoffmann; os governadores Rui Costa, da Bahia; e Wellington Dias, do Piauí; o prefeito de Recife (PE), João Campos; e o deputado Marcelo Freixo, ambos do PSB. E Gilberto Kassab, presidente do PSD. No encontro, não poderia faltar a turma da CPI do Circo, rotulada de CPI da Covid-19, representada pelos senadores Renan Calheiros, do MDB; Randolfe Rodrigues, do Rede; e Omar Aziz, do PSD – um ajuntamento macabro.
A coalisão da esquerda reunida em volta da mesa do jantar certamente não tinha fome nem sede de justiça. O objetivo desse consórcio é abrir caminho para o nefasto esquerdismo voltar ao poder.
Nesse afã pela cadeira presidencial, Geraldo Alckmin está sendo conduzido como uma noiva em casamento arranjado. Para concorrer como vice de Lula, ele abandonou o PSDB. O próximo passo será encontrar um partido para chamar de seu.
Faz parte da manobra filiá-lo ao PSD de Gilberto Kassab, para neutralizar a pré-candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Para fazer o discurso falacioso e contar suas mentiras para o povo brasileiro, Lula precisa garantir mais tempo de propaganda no rádio e na TV e isso seria possível tirando Rodrigo da disputa.
Nessa fome pelo poder vale tudo, até união de antigos e ferrenhos inimigos políticos. Todos sabem que Lula e Alckmin já disputaram a Presidência da República e nessa briga de foices muitas verdades foram ditas. Em 2018, Geraldo Alckmin chegou a afirmar que “não existe a menor chance de aliança com o PT. Vou disputar e vencer o segundo turno, para recuperar os empregos que eles destruíram saqueando o Brasil. Jamais terão meu apoio para voltar à cena do crime”.
Todos os brasileiros são testemunhas do que Alckmin falou no debate promovido pela Record TV, durante a campanha presidencial de 2006. Ele afirmou que o governo Lula tinha duas marcas: “parado na economia e acelerado nos escândalos”. Ele fazia referência ao Mensalão, um dos maiores escândalos de corrupção que explodiu no colo de Lula, quando o governo petista foi acusado de pagar congressistas em troca de votos.
Sobre as provocações da raposa, o lobo não ficou calado. Lula, naquele ano eleitoral, questionou Alckmin, sobre uma acusação de corrupção contra Barjas Negri, ex-ministro da Saúde no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), envolvendo irregularidades no ministério. Ele fazia referência ao fato de Alckmin ter nomeado Barjas como secretário de Educação de São Paulo, quando era governador, logo após a exoneração da Pasta da Saúde. Lula ainda confrontou Alckmin sobre o preço que foi pago quanto aos 69 pedidos de CPIs, que foram engavetados quando o ex-tucano governou o Estado de São Paulo.
Se o lobo vai se associar com a raposa ainda não sabemos. O certo é que o povo brasileiro não aceita mais a esquerda no governo. Até porque o esquerdismo é um mecanismo de controle com fome e sede de poder, traduz-se em um dos braços do comunismo, que, por vez, é uma religião maligna, a qual tem por objetivo acabar com a propriedade privada, aprofundar a miséria e destruir a família tradicional e seus valores. Para tanto, almeja abolir a liberdade em sua essência e se opõe à fé cristã. E a tudo isso o povo brasileiro resiste bravamente e irá deixar muito claro nas próximas eleições.
Denis Farias é advogado, professor e consultor jurídico.
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