Lições de liderança do Senhor Jesus

As estratégias usadas por Ele, em Seu ministério e em Sua missão na Terra, podem – e devem – ser seguidas pelos nossos líderes contemporâneos, sejam do meio privado, sejam do público

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Liderança não é um assunto simples. Nem sempre alguém no comando de uma empresa, seja ela grande, seja média, seja pequena, é um verdadeiro líder. Alguns chegam a esse posto por terem esse dom; outros o adquirem pela experiência.
Nesse segundo grupo estão aqueles que enxergam grandes exemplos e os seguem. Por falar em exemplos, nenhum deles, na história da Humanidade, foi maior do que o do Senhor Jesus. Ele, mesmo com todo o Seu poder nas mãos, optou por ensinar e liderar com humildade, pondo-se lado a lado com os liderados e com aqueles a quem ensinava os preceitos de Deus.
Sim, Ele poderia ter sido arrogante e lançado mão de Seu poder infinito para impor à força a Sua vontade. Mostrou na prática ao mundo que a inteligência (a razão) vence o sentimento (a soberba).
Quem acha que a estratégia divina para levar a Palavra ao mundo em nome e por meio de Jesus é diferente de conduzir um negócio ou uma empresa, engana-se. Uma pergunta simples com uma resposta óbvia: é melhor fazer valer a liderança com arrogância (que desestimula os comandados) ou com humildade (que gera seguidores, sem que se perca a autoridade)?
O Senhor Jesus não fazia distinção. Ele pregava a todos os seres humanos e atraía pessoas de diversas culturas e crenças para ouvi-Lo. “Empregou” entre seus seguidores pessoas com muito estudo, influentes, mas também homens e mulheres das mais variadas e humildes funções. Esses são apenas alguns dos aspectos que evidenciam o grande líder que o Filho de Deus foi e é entre os homens.
Mas há vários outros aspectos dos exemplos de Jesus que podem – e devem – ser seguidos pelos nossos líderes contemporâneos, como explica o especialista em gestão de pessoas Cesar Romão, de São Paulo.
Segundo ele, um bom líder deve saber conduzir sua equipe, assim como fez Jesus com os Seus discípulos. “Guiar pessoas foi o que Jesus fez durante toda a Sua vida, guia-las em suas mentes e corações para despertar nelas os mais nobres conceitos de existência.
Romão listou algumas dicas (veja nos quadros ao lado e acima) baseadas no comportamento de Jesus, levando em conta Sua inteligência, humildade, no fato de Ele nunca ter se entregado à zona de conforto e seguido Sua missão, mesmo diante de muitos problemas e obstáculos.
UM EXEMPLO A SER SEGUIDO

  • O Senhor Jesus reconheceu Seu potencial, mas viu a necessidade de montar uma equipe. Ele buscou pessoas com características frágeis, mas com um futuro glorioso de crescimento e um potencial a ser desenvolvido. Com 12 homens, começou a escrever um novo destino para o mundo
  • Respeitou as habilidades de Seus liderados: um pescador continuava sendo pescador, mas agora iria pescar não apenas peixes, mas homens. O líder não desabilita as competências das pessoas: ele as enobrece
  • Ele andava sempre por novas terras em busca de novas oportunidades para levar Sua mensagem, de uma sinagoga até Cafarnaum. Seguia fazendo curas de paralíticos, leprosos, deixando sua marca pelos caminhos que construía dia a dia. E é assim que um líder constrói um caminho: diariamente
  • Lançou seu “código de conduta” para toda a Sua equipe e Seus liderados para que pudessem ter um rumo em suas principais atividades. Este código ficou conhecido como bem-aventuranças. Todo líder precisa estabelecer um código para suprir sua ausência e ao mesmo tempo fazer-se presente
  • Ele nos ensinou a olharmos para dentro de nós antes de julgarmos ou olharmos os erros das outras pessoas da equipe, como está escrito no trecho bíblico: “tira o argueiro de teu olho em primeiro lugar, antes de criticar
    os membros” (Mateus 7.3-5)
  • Ele estabeleceu que não deve haver limites de dimensão dentro de uma equipe: hoje a pessoa pode ser pequena como um grão de mostarda, mas, quando cultivado com habilidade, será uma frondosa árvore
  • Ele sempre acreditou que a verdade pela verdade converte as pessoas. Fez de Zaqueu, um coletor de impostos, um seguidor de Seus ideais: um líder converte, não impõe nem escraviza
  • Ensinou que talentos não podem ficar escondidos, precisam ser multiplicados e render frutos. Assim deve ser um líder
  • O Seu grande marketing foram os milagres em prol da equipe e da sociedade, que Ele realizava entre os crédulos e os incrédulos, diante dos olhos das pessoas, e não se baseou em promessas vazias, buscas pessoais, vaidades ou interesses próprios
  • Questionado sobre a escassez de um produto em uma festa, não se incomodou com o questionamento e ali fez um milagre: transformou a água em vinho. Seu instinto de liderança não via na escassez dificuldade, mas sim oportunidade

Fonte: Cesar Romão, especialista em gestão de pessoas

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Colaborador

Marcelo Rangel / Foto: Fotolia