Libras: a inclusão necessária

Entenda por que esse idioma é tão valioso para realizar a inserção social que o Brasil realmente precisa

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Todos têm direito a ter uma participação ativa e a se desenvolver socialmente, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Um dos caminhos para chegar a isso é conseguir manter uma comunicação eficaz, pois é por meio dela que é possível trocar informações, aprender e evoluir. Para tanto, os brasileiros com deficiência auditiva ou de fala contam com a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Mais de 5% da população brasileira, cerca de 10 milhões de pessoas, é surda, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e, por isso, a existência da Libras, um idioma de sinais já consolidado, é importante. Ele contribui para combater o preconceito e permite uma inclusão social que é verdadeiramente necessária. Na Câmara federal tramita, inclusive, um projeto para que a Libras faça parte da grade curricular da educação básica.

Para a educadora Fernanda King, pedagoga com especialização em desenvolvimento infantil e diretora pedagógica do Petit Kids Cultural Center, em São Paulo, é preciso que empresas invistam na formação de profissionais que conheçam Libras para possibilitar a inserção dos surdos no ambiente corporativo: “as organizações brasileiras estão se tornando mais inclusivas à medida que a cultura empresarial se adapta às novas demandas da sociedade”.

Ela diz que já é possível perceber isso no dia a dia: “assistir a telejornais, filmes, séries e participar de eventos pode se tornar cada vez mais acessível à medida que órgãos governamentais e empresas privadas invistam em uma comunicação inclusiva. Atualmente, graças aos benefícios da internet, essa inclusão tem sido facilitada por meio de canais no YouTube elaborados por surdos que visam proporcionar informações a este público”.

Fernanda lembra ainda que o aprendizado da Libras não é tão difícil e orienta quem quer aprender: “preste muita atenção aos sinais e às configurações das mãos que serão desenvolvidos ao longo das aulas e exercite bastante com seus colegas e com as pessoas surdas da sua escola, da família ou da comunidade”.

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Colaborador

Eduardo Prestes / Arte: Edi Edson