Jovens se matam após sofrerem bullying

Renato Cardoso ensina a lidar com a situação

Imagem de capa - Jovens se matam após sofrerem bullying

Daniel Fitzpatrick foi “assassinado” aos 13 anos de idade. Pelo menos é assim que a família vê a morte do garoto. O corpo dele foi encontrado junto a uma carta justificando o que aconteceu. De acordo com as palavras, escritas pelo próprio Daniel, ele se matou por causa do bullying praticado por colegas de escola.

“Eu desisto. Os professores também não fizeram nada”, escreveu o menino.

Daniel, que estudava em uma escola de Nova York (Estados Unidos), reclamou para os pais e professores após sofrer muitos insultos e ter coisas arremessadas contra ele, que tentou se defender e teve um dedo da mão quebrado. Mesmo assim, a resposta da escola foi: “Tudo vai ficar bem. É só uma fase, vai passar”, de acordo com a mãe do garoto.

O pai lamenta não ter podido ajudar o filho: “Nenhum pai deveria ter que enterrar o seu filho. Nenhuma criança deveria passar pelo que o meu filho passou.”

Sofrendo calado

Infelizmente, Daniel não foi a primeira e não será a última criança a tirar a própria vida após o bullying sofrido. Deprimidas por não verem solução para casos assim, muitas crianças e adolescentes agem da mesma maneira que ele.

É o caso da escocesa Britney Mazzoncini, que, aos 16 anos de idade, também deu cabo de sua própria existência. Após receber muitas mensagens ofensivas durante muito tempo nas redes sociais, ela escreveu: “As palavras podem sim machucar as pessoas, e elas precisam perceber isso antes que seja tarde demais.” Menos de uma semana depois o seu corpo foi encontrado pelos pais.

Enquanto os pais de Daniel tiveram ao menos a chance de tentar resolver o problema, já que o menino relatou ao casal o ocorrido, a família de Britney sequer imaginava que ela passava por um problema como esse.

“Nós não sabíamos. Nós não tínhamos ideia”, declarou a avó da jovem. “Ela era linda, tão querida. Você não poderia pedir por uma neta melhor.”

Como Britney, a maioria das vítimas de bullying sofre calada, por vergonha de se sentir mal a respeito disso ou mesmo por medo das consequências que isso poderia acarretar. Por isso os pais precisam estar muito atentos.

Como combater o problema

Em vídeo publicado no Youtube, o escritor Renato Cardoso, responsável pela palestra Transformação Total de Pais e Filhos, afirma que o bullying não se restringe às salas de aula. Ele acontece nas escolas, nas ruas, na internet, no trabalho e até mesmo nas igrejas.

“Isso é algo que as pessoas fazem, não importa a idade. Começa quando você é uma criança, mas, mesmo quando você é adolescente, mesmo quando você é um adulto, existem praticantes de bullying em todo lugar”, afirma ele.

Para lidar com a situação, Renato recomenda, no caso de crianças e adolescentes, que elas conversem com os seus pais; e os pais, por sua vez, devem levar a sério o problema e procurar resolver imediatamente.

“Você precisa falar com os seus pais, com o diretor da escola, às vezes com a polícia, talvez com um bom amigo. Você não pode manter isso dentro de você, porque se agir assim isso vai crescer e crescer e crescer e ficar muito ruim.”

A partir da queixa, os responsáveis pela educação da vítima devem mostrar para ela o quão importante é manter-se forte e confiante sobre si mesmo. Isso porque esses agressores buscam dominar a mente de suas vítimas para fazê-las se sentir amedrontadas, inferiores e até mesmo ridículas. E muitas vezes o ataque chega a ser físico.

“Se alguém está vindo lhe atacar fisicamente, você tem que saber que pode se defender. E se você precisar envolver um adulto ou mesmo a polícia, os seus pais, você deve fazer isso”, destaca Renato. “Mas a maioria dos bullyings não são físicos, são psicológicos. E isso é o pior, porque é quando você deixa o bullying entrar na sua cabeça. É assim que eles lhe controlam. Não deixe o bullying entrar na sua cabeça.”

Quer entender melhor como lidar com a situação? Vá até o Templo de Salomão no próximo domingo, às 18h30, e assista à palestra de Renato Cardoso e de sua esposa, Cristiane. Você aprenderá como melhorar a relação entre pais e filhos.

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Colaborador

Por Andre Batista / Imagens: Fotolia e Reprodução Facebook