Jeanine Añez, presidente interina da Bolívia, assume cargo fazendo referência à Bíblia
País passou por fortes manifestações contra Evo Morales. Saiba mais
Recentemente, a Bolívia, país vizinho do Brasil, tem passado por fortes acontecimentos.
Desde 2006, Evo Morales estava como presidente do país. Mas em 20 de outubro deste ano, ele disputou a reeleição já em meio a muitas polêmicas envolvendo essa possibilidade.
Embora tenha ganhado a eleição, os apoiadores de Carlos Mesa, da oposição, levantaram apurações no processo eleitoral.
Então, a Organização dos Estados Americanos (OEA) disse que havia uma fraude e que, portanto, seria necessário um novo processo.
Evo Morales perde o poder
Com o evento, Evo também perdeu o apoio dos militares, que deixaram de inibir a manifestação da população.
Pressionado de todos os lados, Evo foi obrigado a deixar a Bolívia no dia 10 de novembro.
A renúncia de Evo deixou a cadeira da liderança vazia. Entretanto, a Constituição da Bolívia define uma sequência de possíveis sucessores neste caso.
Jeanine Añez aparece no cenário
Contudo, os primeiros nomes da lista tinham deixado também os cargos com a saída de Evo. Até que se chegou à segunda vice-presidente do Senado, Jeanine Añez (foto acima), que era da oposição de Evo.
Com uma Bíblia gigantesca nas mãos e acompanhada de aliados, a senadora se declarou presidente interina até as próximas eleições.
“Deus permitiu que a Bíblia voltasse a entrar no Palácio. Que Ele nos abençoe”, disse Jeanine.
A afirmação foi uma referência à atitude de Evo, em 2006, de retirar a Bíblia do juramento aos cargos públicos durante uma posse. Tradicionalmente, Evo se posicionava contra o cristianismo.
Desdobramentos
Desde então, Evo está no México e as manifestações cessaram. Para especialistas que acompanham os movimentos políticos na Bolívia, a referência ao cristianismo tem ganhado força no ambiente político do País latino-americano.