O sonho de muitos brasileiros é ter seu próprio negócio e conquistar a tão sonhada independência financeira. Muitos se aventuram empreendendo seus talentos para criar uma empresa, mas a imensa burocracia pode acabar impedindo a expansão do negócio. Por isso, uma opção é aderir ao sistema de franchising empresarial, também conhecido como franquia.

E o que é isso? “Franquias são modelos de empreendimentos que podem ser replicados para outros empresários que queiram um negócio próprio, buscando mais segurança através de uma marca que já se consolidou no mercado. E para quem está franqueando uma marca, essa é uma forma de escalar os lucros, oferecendo, além de uma marca forte, a segurança que outros empreendedores buscam ao iniciarem sua jornada no mundo empresarial”, explica Cléber Brandão, consultor e empresário.

Com vasta atuação que abrange todos os segmentos, esse mercado está em constante crescimento. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o mercado de franquias cresceu 12,9% no segundo trimestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior, e o faturamento saltou de R$ 48,052 bilhões para R$ 54,253 bilhões.

E esse mercado não se destaca apenas pelo lucro gerado. “A mão de obra empregada pelo setor foi da ordem de 1,612 milhão de trabalhadores diretos no segundo trimestre do ano, ante 1,453 milhão entre abril e junho do ano passado, o que equivale a um aumento de 10,9%”, informa a ABF. Tais vagas de emprego foram geradas graças às 188.878 franquias em operação no Brasil.

Entendendo o mercado
Para se obter uma franquia não é necessário ter qualquer conhecimento prévio. Brandão conta que “hoje as franqueadoras possuem sistemas de treinamento e ensino para instruções de todas as etapas e processos”.

Franquias podem ser categorizadas de acordo com o investimento e o público. Elas podem ser microfranquias, com investimento menor, baixo custo operacional e operação simplificada; franquia combinada, em que o franqueado poderá trabalhar com outras marcas, desde que isso seja acordado entre franqueadora e franqueado; franquia social, sem fins lucrativos, que visam o trabalho social; e store in store, que permite que o empresário instale um modelo de franquia dentro de seu próprio negócio, aumentando a lucratividade. Seja qual for a categoria, toda operação segue as diretrizes da Lei 13.966/19, que regula o sistema de franquia empresarial no Brasil.

Entre as vantagens de aderir ao sistema de franchising empresarial estão o fato de ter um modelo de negócios consolidado e com credibilidade, menor risco de falência, suporte em processos internos e na organização do negócio, menores riscos trabalhistas e programas de marketing e ações comerciais padronizadas. Mas, como todo e qualquer negócio, também há desvantagens e Cléber aponta quais são: “pouca flexibilidade para tomada de decisões; limitações quanto à venda de determinados produtos, marcas e serviços; pagamento de royalties sobre faturamento e não sobre o lucro; e retorno do investimento mais longo”.

Por isso é fundamental pesquisar minuciosamente sobre a franquia desejada. Avalie as exigências do mercado, os pontos positivos e negativos, o investimento inicial e a disponibilidade financeira para manter o capital de giro nos primeiros meses do negócio – já que o retorno do investimento pode demorar até 17 meses.

Obter essas e outras informações não é difícil. “Toda franqueadora possui um documento chamado de COF, que é o Circular de Oferta da Franquia. Nele constam todos os detalhes sobre o modelo de negócio, retorno, investimentos e até mesmo o tempo em que o empresário precisa se dedicar ao negócio”, conta Cléber.

Vale lembrar que se você já possui um negócio, tornar-se um franqueador pode ser uma opção para expandi-lo. Cléber Brandão informa que há profissionais que lapidam modelos de negócios para que eles se tornem franquias, já que “para se tornar uma franqueadora é necessário ter um negócio muito bem organizado, com políticas traçadas, padrões de atendimento, processos e um negócio rentável”.

Prosperidade com Deus
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