Halloween: o que você precisa saber e refletir

Bispo Renato Cardoso alerta sobre os riscos espirituais por trás da celebração

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O Halloween, celebrado em 31 de outubro, é conhecido no Brasil como Dia das Bruxas. Nessa data, as crianças saem fantasiadas, batendo de porta em porta em busca de doces. Muitos acreditam que essa e outras festas pagãs já perderam o caráter religioso e se tornaram apenas datas comerciais. No entanto, segundo o Bispo Renato Cardoso, essa visão exige reflexão: “Não estou aqui para criticar, estou aqui para convidar você à reflexão”, enfatiza.

Origens históricas

A tradição do Halloween começou, inicialmente, por volta do século 5 a.C., entre o povo celta, que vivia ao norte do Reino Unido. Para eles, o ano começava em 1º de novembro e, consequentemente, na noite anterior — o festival de Samhaim — acreditava-se que os mundos dos vivos e dos mortos se uniam. Além disso, durante a celebração, eles realizavam sacrifícios de animais e acendiam grandes fogueiras em homenagem aos mortos.

“Atualmente, o Halloween tem crescido no Brasil e no mundo; entretanto, muitas pessoas participam sem perceber a profundidade espiritual envolvida”, alerta o Bispo Renato. Ele acrescenta que, por isso, os elementos da festa carregam simbolismos contrários aos ensinamentos bíblicos:

  • Abóbora com vela: afasta maus espíritos e “guia” pessoas;
  • Morcegos: representam o mundo das trevas;
  • Bruxas: realizam feitiçarias promovendo o mal;
  • Aranhas: sinalizam alerta para perigos;
  • Cores roxa e preta: associadas à passagem entre vida e morte, e à escuridão;
  • Fantasias: criadas para camuflar-se entre forças malignas.

A reflexão cristã

O Bispo Renato ressalta que a brincadeira pode desarmar as pessoas e abrir espaço para influências espirituais. Ele explica: “No tom da brincadeira, as pessoas não se percebem, não se dão conta de que é exatamente nesse tom que nos desarmamos para as coisas mais sérias.” Além disso, ele compara a situação ao consumo de drogas e bebidas: “Muitos começam por brincadeira e, aos poucos, entram em situações sérias e perigosas.”

Para agir com consciência, ele orienta que os pais conversem com seus filhos sobre o significado da festa: “O que você deve fazer é ficar fora dessas celebrações. Sente com seus filhos, fale sobre a origem disso. Não é proibir, mas ensinar a pensar.”

Seguir os caminhos de Deus

A Bíblia já alerta sobre se misturar aos costumes pagãos. Como cita Levítico 20:23:

“E não andeis nos costumes das nações que Eu expulso de diante de vós, porque fizeram todas estas coisas; portanto fui enfadado deles.”

O Bispo Renato reforça que o cristão deve se posicionar com firmeza: “Vamos ser sal na terra, vamos ser luz e não diminuir a nossa luz para nos misturar à cultura do mundo. Isso não é fanatismo, é consciência. É só uma pergunta: você consegue imaginar Jesus fantasiado de Halloween?”

Dessa forma, refletir sobre essas práticas não significa julgar ou condenar, mas compreender que o entretenimento pode influenciar espiritualmente. Por isso, a orientação é clara: mantenha-se consciente, ensine seus filhos e preserve a fé, mesmo diante das tradições populares.

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Colaborador

Sabrina Marques / Foto: iStock