Grupo “A Última Pedra” leva nova vida para viciados e seus familiares

Projeto, localizado na zona leste de São Paulo, já batizou 132 pessoas este ano. Conheça

Imagem de capa - Grupo “A Última Pedra” leva nova vida para viciados e seus familiares

O vício em drogas é um dos problemas mais devastadores da sociedade. Está presente em todas as classes sociais e não escolhe sexo, cor ou idade. Autoridades políticas, médicos e especialistas ficam indefesos diante do seu poder de destruição.

Mas, por mais que tentem e haja boa vontade, não conseguem extingui-lo por completo. Afinal, é impossível combater um mal espiritual com as armas humanas. Para isso, foi criado o grupo “A Última Pedra” que evangeliza e dá apoio a viciados e seus familiares.

Na zona leste da cidade de São Paulo, o trabalho conta com uma série de ferramentas que auxiliam na libertação e transformação de dependentes químicos.

Alguns deles são: núcleo na Cracolândia (como é conhecida a área localizada na região Central da capital, onde há uma grande concentração de viciados); ponto de oração diário no Largo da Concórdia (região do Brás, zona leste de SP), esportes e uma reunião semanal, especialmente dedicada para este público. Ela acontece todo domingo, às 15h, na Avenida Celso Garcia, 499, no Brás.

Todo último domingo de cada mês é realizado um batismo nas águas que é o primeiro passo rumo à libertação definitiva.

“Quando abordamos o assunto batismo com um viciado, falamos de uma nova chance, uma oportunidade de ele deixar a vida velha e começar uma nova. Com a diferença de que, com Jesus, ele terá a chance de corrigir erros que não conseguia sozinho”, fala o Pastor Murilo Dorini, responsável do projeto no bloco leste, em São Paulo.

Frutos

Desde o início do ano, já foram batizadas 132 pessoas. Dentre elas, o motorista Rogério Carnero Quiroga, de 47 anos. Pela influência de amigos, aos 15 anos, começou a usar drogas leves. Mas o que não avisaram a ele é que essa escolha o levaria por caminhos perigosos.

“Tive bons exemplos em casa, meus pais não fumavam, nem bebiam. Mas, aos poucos, fui seguindo para as drogas mais pesadas. Usei cocaína a primeira vez, como desculpa para não dormir, enquanto dirigia numa viagem”, lembra.

Paralelamente, ele também iniciou em trabalhos ilegais com máquinas caça-níquel, jogo do bicho e estava prestes a se tornar sócio em um prostíbulo. “Era muito conhecido na noite paulistana e ganhei muito dinheiro. Meu patrimônio, na época, chegou a 20 milhões”, conta.

Mas, o dinheiro não o ensinou a ser um bom marido e pai. Na verdade, Rogério não se importava com a família. “Não estive presente, sequer, no nascimento da minha filha. Quando minha ex-esposa entrou em trabalho de parto teve que pedir carona para conseguir ir para o hospital”, diz.

No total, foram 32 anos usando drogas e duas internações na tentativa de se livrar dos entorpecentes. Mas não adiantou. “Voltei a usar no mesmo dia em que saí”, relembra.

Ponto final no sofrimento

O fundo de poço de Rogério (foto abaixo) chegou quando ele, após se separar da mulher e perder tudo o que conquistou de forma ilegal, foi morar num quarto de pensão em que ele transformou numa verdadeira cracolândia.

“Era um lugar sujo, bagunçado, em que eu só usava drogas. Cheguei a ficar um mês sem tomar banho e dois meses sem escovar os dentes. Eu já conhecia o trabalho da Universal e da Cura dos Vícios, quando, enfim, decidi me entregar ao Senhor Jesus”, afirma.

Em maio deste ano, ele tomou a decisão de se batizar nas águas e buscar o Espírito Santo com todas as forças. Afinal, sem Ele, seria impossível suportar as lutas.

“Eu implorei para Ele vir sobre mim e Ele veio. Estou completamente liberto das drogas, saí daquela pensão e comecei um novo trabalho. Aos poucos as coisas estão acontecendo”, comemora.

Se você, um amigo ou familiar precisa se libertar de algum vício, participe das reuniões que acontecem todo domingo, às 15h, na Avenida Celso Garcia, 499, no Brás. Ou você também pode participar em Santo Amaro, na zona sul. Lá esses encontros acontecem em dois horários: às 15h e 18 horas, na Avenida João Dias, 1800.

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