Giorgia Meloni diz que direita vai governar para unir Itália

Essa foi a primeira declaração pública da política depois que sua legenda foi a mais votada nas eleições de domingo (25)

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A líder do partido Irmãos de Itália (FdI), Giorgia Meloni, disse que a coalizão de direita que venceu as eleições gerais italianas de domingo (25) vai governar para unir o país.

O que você precisa saber:

Essa foi a primeira declaração pública de Meloni depois que sua legenda, uma das três que formam a coalizão direitista, foi a mais votada no pleito.

Com isso, ela deve se tornar a primeira mulher a governar a Itália. Em discurso em um hotel nos arredores de Roma no início da madrugada de segunda-feira (26), Meloni evitou tons triunfalistas e garantiu que a coalizão, também composta da Liga, de Matteo Salvini, e do Força Itália, de Silvio Berlusconi, governará “para que os italianos possam se orgulhar de serem italianos”.

O que analisar:

De acordo com os resultados parciais, o FdI foi o partido mais votado, com cerca de 26%, e a coalizão obteve 43%, contra 26% do bloco progressista liderado pelo Partido Democrata (PD). “Os italianos deram uma indicação clara a partir das urnas, e a indicação é para um governo de centro-direita sob a orientação do Irmãos de Itália”, disse Meloni.

Ela também afirmou que é “hora de os italianos terem novamente um governo que saia de uma indicação nas urnas”.

Meloni lamentou que a campanha eleitoral tenha sido “agressiva e violenta” e ressaltou que “a Itália e a União Europeia precisam da contribuição de todos para a complexa situação em que nos encontramos”. Ela também se mostrou descontente com a taxa de abstenção no pleito — 36% — e declarou como objetivo “reconstruir a relação entre o Estado e os cidadãos”.

Veja o que ela disse em discurso:
  • “Por que a família é um inimigo? Por que a família é tão combatida? Há uma única resposta para todas estas perguntas: Porque eles definiram que esta é a nossa identidade. Porque tudo que nos define, agora, é um inimigo”, disse Meloni.
  • “Eles gostariam que nós não tivéssemos mais identidade, que fôssemos somente escravos e consumidores perfeitos. Agora eles atacam a identidade nacional, a identidade religiosa, a identidade de gênero e a identidade familiar. Assim não posso me definir como italiana, cristã, mulher e mãe. Tenho que ser cidadão x, gênero x, genitor 1, genitor 2. Tenho que ser um número. Porque quando sou somente um número, quando não tenho mais uma identidade, quando não tenho uma raiz… Então, serei um escravo perfeito, à mercê dos especuladores financeiros, o consumidor perfeito”, declarou.
  • “Essa é a razão pela qual inspiramos tanto medo, porque não queremos ser números, nós defenderemos o valor do ser humano. Somos um ser humano único, porque cada um de nós tem um código genético único e irrepetível. E goste ou não, isso é sagrado. Nós vamos defendê-lo. Defenderemos Deus, a pátria e a família”, concluiu.
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Colaborador

R7 por Agência EFE / Foto: GIUSEPPE LAMI/EFE/EPA - 25.09.22