Flores e ensinamentos ou morte e intolerância

O que você quer para a sua vida e a de seus filhos?

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Vamos falar sobre dois acontecimentos recentes que podem parecer não ter nada em comum. O primeiro deles ocorreu em uma escola politécnica de Moscou, na Rússia, quando os colegas de Sergei Casper, de 17 anos, amarraram o jovem xingando-o por ser diferente dos outros garotos. O rapaz gostava de arte, de cantar e de ouvir música, mas ao longo de meses foi vítima de bullying, supostamente por ser gay.

Na sala de aula, com as pernas e braços amarrados, Sergei perdeu o equilíbrio, caiu e bateu o pescoço no canto da mesa de sua professora, que assistia à cena sem esboçar nenhuma atitude. Aos risos, os colegas continuavam a xingar o rapaz que estava desacordado. Entretanto, a brincadeira perdeu a graça quando perceberam que ele não se mexia mais. A polícia foi chamada, mas, quando chegou, Sergei já estava morto.

O segundo caso aconteceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ao buscar o filho Diogo, de 4 anos, (foto ao lado) na escola, a mãe dele, Tavane Carvalho, foi informada que o menino havia empurrado uma coleguinha na escada. Diogo, que costuma brincar no pátio do colégio após a aula, foi direto para casa. A medida já fazia parte do castigo que Tavane aplicou para que ele refletisse sobre o que fez. Ela explicou ao filho que ele não poderia tratar ninguém daquela maneira. No dia seguinte, o menino levou flores para a coleguinha. A foto de Diogo com as flores foi postada pela mãe no Facebook. “Na escola, ele abraçou ela, pediu desculpas, disse que não faria mais aquilo e deu a flor. Ela aceitou as desculpas”, disse Tavane.

Mas, muito mais do que chamar atenção nas redes sociais para um ato inusitado e pedir desculpas por maltratar um semelhante, a ação da mãe de Diogo com o filho também nos remete ao primeiro caso citado. Ao contrário do que muitos pensam, ninguém nasce preconceituoso, intolerante ou racista. As pessoas são ensinadas a ser assim. A solução é simples. Elas devem ser ensinadas desde crianças a tratar e a conviver bem com todos, independentemente do sexo, cor, da faixa etária, posição social, escolha religiosa, etc. Isso, com certeza, vai evitar barbáries como a ocorrida com Sergei, que era apenas considerado diferente de seus colegas.

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Colaborador

Por Eduardo Prestes / Foto: Reprodução