No mundo atual, em que tantas opiniões são chamadas de “verdades”, há uma única ferramenta capaz de libertar uma pessoa de seus problemas: a verdade de Deus. Essa foi a mensagem transmitida na palestra da Terapia do Amor desta quinta-feira (29), que destacou que a verdade não é uma opinião pessoal, mas a revelação da Palavra de Deus sobre quem realmente somos.

A verdade que liberta 

Com base na passagem de João 8.31-32, o ensinamento começou com uma observação importante: muitas pessoas citam apenas parte do versículo — “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará…” —, sem entender o contexto completo. Antes de conhecer a verdade, é preciso permanecer na Palavra de Deus. Só assim alguém se torna verdadeiramente discípulo de Jesus e recebe o entendimento necessário para ser liberto. 

Essa permanência não é momentânea, mas contínua. Não basta ouvir uma pregação ou ler a Bíblia ocasionalmente. É necessário perseverar na obediência à Palavra para, então, receber a revelação da verdade que transforma. 

Por que a verdade liberta? 

A libertação começa quando a pessoa enxerga, com clareza, o verdadeiro problema que enfrenta. “Você não resolve um problema que não conhece ou que enxerga parcialmente”, foi enfatizado na palestra. Muitas vezes, o que se pensa ser o problema é apenas um sintoma. Por isso, é fundamental ir à raiz, à essência da situação. 

Para ilustrar, o Bispo Renato e Cristiane Cardoso compartilharam experiências do próprio casamento. O Bispo revelou que, por anos, ignorou os conflitos porque achava que o problema era a esposa. Foi preciso uma palavra firme do sogro para que ele compreendesse: o ‘problema era dele’ e ele precisava enfrentá-lo. 

A partir daquele momento de humildade e confronto com a realidade, ele começou a mudar. E essa transformação foi possível porque houve um reconhecimento sincero da verdade. 

O porão da alma 

Já Cristiane usou uma metáfora: a verdade costuma estar no porão da alma — um lugar escuro, sujo, onde poucos querem entrar. Muitas pessoas preferem manter esse porão trancado, criando suas próprias “verdades” para lidar com os conflitos. Mas essas “minhas verdades” não curam nem libertam. Pelo contrário, mantêm a pessoa escrava de problemas não resolvidos. 

Foi exatamente isso que ela mesma viveu. Acreditava que a raiz dos problemas no relacionamento era a falta de atenção do marido. Mas, ao buscar a verdade, descobriu que o verdadeiro problema era sua insegurança e medo de perder o esposo. Só então Deus pôde começar a curá-la. 

A verdade que dói, mas cura 

Encarar a verdade, muitas vezes, é vergonhoso. Ela pode revelar traços que ninguém gosta de admitir: orgulho, insegurança, medo, vaidade ou até um desejo inconsciente de chamar atenção de outras pessoas fora do relacionamento. Porém, esse confronto é necessário. 

“Quando você se dá conta: ‘eu sou assim’, aí Deus pode começar a trabalhar em você”, explicou o Bispo Renato. Deus já conhece os nossos defeitos, mas só pode agir quando há sinceridade e disposição para mudança. 

Conclusão 

Não basta identificar os erros no outro. O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que olha para si e tem coragem de descer até o porão de sua alma, encarar a sujeira e deixar Deus fazer a limpeza. 

A verdade é a primeira e mais importante ferramenta para a libertação. Mas não é qualquer verdade — é a verdade de Deus, revelada àqueles que permanecem em Sua Palavra.