Feedback: como dar e receber?

O momento é delicado para gestores e colaboradores que precisam estar aptos para falar e ouvir. Saiba como tirar melhor proveito desse processo

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Os primeiros dias, semanas e meses dentro de uma empresa trazem inúmeras inseguranças para o colaborador. Afinal, tudo é novo e o aprendizado é diário. E para ajudar no crescimento e no desenvolvimento desse profissional existe o feedback. O termo, do inglês, pode significar retroalimentação ou, na prática, retorno ou comentário sobre algo.

No mundo corporativo, o feedback é o ato de falar ao colaborador como tem sido seu desempenho dentro da empresa. “Não é elogiar, passar a mão na cabeça ou criticar negativamente, mas, sim, reconhecer e ajudar a criar diretrizes para melhorar as competências, corrigindo a trajetória”, explica o consultor de recursos humanos Djalma Moraes.

Receber uma crítica pode não ser muito confortável, mas encarar o momento como uma forma de atenção dos gestores para o crescimento profissional pode alavancar a carreira. Uma pesquisa desenvolvida pela consultoria Gallup revelou que os colaboradores que recebem o retorno de superiores tendem a permanecer mais tempo no trabalho, tendo uma taxa de rotatividade quase 15% menor em comparação com aqueles que não recebem orientações.

O engajamento é outro fator que sofre forte impacto quando o profissional recebe um feedback adequado. O mesmo levantamento estima que o engajamento é três vezes maior entre os que trocam informações e experiências sobre o trabalho com seus gestores com mais frequência, do que aqueles que recebem o retorno uma vez por ano.

“Numa equipe onde há respeito, cooperação e transparência, isto deve ocorrer naturalmente. Considero que não existe momento específico, o importante para a liderança ou para os funcionários é se sentirem confortáveis para realizar esta abordagem”, comenta Moraes.

Impulso para a carreira
É preciso desmistificar a ideia do feedback como uma demonstração de que a empresa está insatisfeita e que o funcionário não é qualificado. Ao contrário disso, o objetivo do retorno do gestor é apontar as qualidades do colaborador e usar as suas competências para levá-lo ao crescimento profissional e, consequentemente, dentro da empresa. Muitas instituições, inclusive, criam planos de carreira para seus funcionários.

Desta forma, se o feed- back não vier espontaneamente de um superior, o consultor Djalma Moraes esclarece que o próprio funcionário pode pedir esse retorno. Essa atitude pode até ser valorizada, pois demonstra o interesse em se adequar à cultura da empresa e contribuir com o crescimento da equipe através de seu trabalho. “Não existe fórmula perfeita, o principal é agir com respeito e clareza ao identificar os pontos necessários para dar o efetivo feedback.” Para os gestores, o especialista deixa a dica: “é preciso conhecer o perfil dos colaboradores, alguns se sentem constrangidos diante da liderança, outros não se abalam”.

Formatos de Feedback
Existem muitas estratégias que podem ser usadas durante a conversa entre gestor e colaborador. Uma delas é conhecida por “Stop, Start, Continue”, que, em português, seria “Parar, Começar e Continuar”. A metodologia nada mais é do que uma maneira de organizar de uma forma coerente e clara as informações que serão passadas na reunião.

O líder pode começar falando sobre aquilo que o profissional precisa parar de fazer para desempenhar sua função de forma mais eficiente. Em seguida, esclarecer o que pode começar a ser feito para que os resultados positivos surjam e finalizar destacando os pontos positivos que o colaborador já tem colocado em prática e que devem ser mantidos.

Outra ação muito comum é chamada de “sanduíche”. Essa estratégia engloba três passos, compostos por dois “pães” e o “recheio”, sendo que os pães representam informações positivas e o recheio é aquilo que precisa ser melhorado. Na prática funciona da seguinte forma: o gestor começa reforçando um ponto positivo, em seguida sugere as melhorias e finaliza com outra questão positiva. A ideia é equilibrar o momento do feedback e aproximar o colaborador em vez de afastá-lo. “Cabe ressaltar que dar ou receber feedback demanda estudo e aprendizado de ambas as partes, considerando que o objetivo real de um feed- back é ressaltar ou mudar um comportamento para que o funcionário atinja o seu melhor potencial”, finaliza o consultor de recursos humanos.

A Perseverança compõe o sucesso
Para aqueles que desejam se aprimorar e aprender sobre como desenvolver sua vida profissional, seja como empreendedor, gestor ou mesmo funcionário, há as reuniões do Congresso para o Sucesso, que ocorrem às segundas-feiras, no Templo de Salomão. As palestras gratuitas mostram na prática como aplicar ensinamentos da fé para mudar o rumo da vida financeira. Os encontros acontecem às 7 horas, 10h, 12h, 15h, 18h30 e 22h. Para ter acesso a outras localidades acesse: universal.org/localizar.

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Colaborador

Cinthia Cardoso / Foto: getty images / Arte: Eder Santos