Fé mais agressiva do que o câncer

Diagnosticada com um dos tipos mais perigosos da doença, ela decidiu lutar ao lado de Deus

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Um dia, ao se olhar no espelho enquanto se preparava para tomar banho, a recepcionista Josiane dos Santos, hoje com 52 anos, percebeu algo estranho em uma das mamas. Ao apalpá-la, ela notou a presença de um caroço ainda pequeno. Preocupada, marcou imediatamente uma consulta com o mastologista (especialista no cuidado das mamas). No exame de mamografia solicitado pelo médico foi detectado um nódulo. Para identificar se ele era maligno ou benigno, o especialista pediu a realização de biópsia. Ao todo foram três exames desse tipo até a obtenção do laudo conclusivo. Tratava-se de um câncer triplo-negativo, por causa da rapidez com que as células cancerígenas se multiplicam, ele é considerado um dos tipos mais graves da enfermidade e corresponde a cerca de 15% dos casos de câncer de mama.

Sua incidência é maior em mulheres com menos de 40 anos, latinas e negras e também em mulheres que possuem mutação nos genes (hereditários) responsáveis por protegerem o corpo do aparecimento de tumores. Por isso, há necessidade de acompanhamento médico anual também dos familiares quando a pessoa possui essa mutação.

Ele é classificado como triplo-negativo porque não há a presença dos receptores de estrogênio, progesterona e HER2, responsáveis pelo controle do crescimento do tumor, das células mamárias e da divisão celular. Essa característica limita as opções de tratamento e a quimioterapia é o indicado.

Fonte: site da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Fenama)

Josiane conta como foi sua reação ao saber o diagnóstico: “eu estava com meu marido no consultório e o médico me explicou como seria todo o procedimento dali em diante. Ele falou que, como minha mama era pequena e o nódulo era grande, infelizmente, não seria retirado apenas um quadrante, mas toda a mama direita. Eu pedi a ele que me explicasse o que eu deveria fazer”.

A tranquilidade de Josiane surpreendeu o médico: “ele olhou surpreso para mim, por causa da minha reação, e perguntou se eu tinha entendido o que ele tinha falado. Eu confirmei que entendi que teria que fazer a mastectomia, mas ele insistiu e perguntou se minha ‘ficha’ não tinha caído. Eu questionei se existia outra opção e ele respondeu que não. Então, eu simplesmente disse a ele: ‘vamos em frente'”.

Preparada pela fé
Ela teria 30 dias para realizar a cirurgia e deveria se submeter a uma bateria de exames pré-operatórios, mas, antes de marcar qualquer um deles, ao chegar em casa, ela decidiu fazer uma oração a Deus. “Chorei muito e falei tudo para Ele: dos meus medos e pensei no meu filho, que ainda era pequeno, e no meu marido. Falei para Deus que a minha escolha era ser forte. Eu não tinha outra opção, pois, se ficasse com pena de mim mesma, fracassaria. Se era para retirar a mama, eu retiraria, mas Ele teria de estar comigo. Falei para Deus que eu não queria ficar com nenhum trauma e que eu estaria firme e forte com tudo o que acontecesse”, afirma. “Quando terminei aquela oração, minhas forças estavam renovadas. Eu cria no Senhor Jesus e aquela doença não ficaria no meu corpo. Eu tive que partir para uma fé mais agressiva do que a doença. Não foi fácil.”

Josiane se preparou fisicamente e, principalmente, espiritualmente para o procedimento cirúrgico. Ela, que já era membro ativo da Universal, além de participar da Corrente de Cura todas as terças-feiras, decidiu também ir todos os dias à Igreja até que fosse véspera da operação.

Como resultado, a cirurgia de Josiane foi bem-sucedida. A primeira batalha foi vencida, mas haveriam muitas outras até o fim daquela guerra contra o câncer.

O maior remédio
Um mês depois da mastectomia, ela iniciou as sessões de quimioterapia, que foram 16 no total. O medicamento era tão forte que já na quarta sessão seus cabelos começaram a cair. Esse foi um momento difícil para ela. No entanto Josiane decidiu olhar com os olhos da Fé para a imagem que via refletida no espelho. “Eu estava me vendo desfigurada ali, mas, na minha mente, eu estava curada, com meu cabelo de novo e linda.”

Josiane relata que sua reação só foi possível porque ela já tinha recebido a maior de todas as bênçãos: o Espírito Santo, a Quem ela atribui toda a força que teve durante todo o tratamento. “Em uma das noites em que estava com mal-estar em decorrência da quimio, peguei a Bíblia, coloquei no meu peito e disse: ‘meu Deus, se o Senhor quiser me levar, estou pronta, mas, se o Senhor quiser, me dê mais uma oportunidade para fazer tudo diferente, para Te servir mais e para criar o meu filho”, cita. “Fechei a Bíblia e peguei no sono. Não acordei durante toda a noite, que era algo que não acontecia desde o início das sessões. Ali eu vi a resposta de Deus. Daquela noite em diante eu me alimentava bem e também consegui ir à Igreja normalmente. Ao término das sessões, a médica me deu alta”.

Vitória conquistada
Dois anos depois da cirurgia, Josiane revela que os cabelos cresceram até mais bonitos do que eram antes. “Eu faço acompanhamento médico a cada seis meses. Esse meu comportamento não é fruto de dúvida quanto a minha cura, mas porque faz parte do procedimento. Não fiquei com trauma porque não tenho a mama direita nem fiquei com dó de mim. A intimidade no meu casamento não esfriou. Me sinto bem e bonita. Deus renovou tudo, principalmente a minha fé.”

Sua reação muda tudo
O Bispo Misael Silva, responsável pela Corrente dos 70 no Templo de Salomão, em São Paulo, explica que não é a atual situação de uma pessoa que define o seu amanhã: “sua situação não vai continuar assim, a não ser que você cruze os braços e não reaja da maneira certa. Na Bíblia está escrito 366 vezes a pequena frase ‘Não temas’. Eu acredito que é Deus dizendo, a cada dia, para você e para mim: ‘Não temas. Seja forte. Eu sou contigo. Você vai vencer essa batalha’.”

Segundo o Bispo Misael, há apenas duas possibilidades quando estamos diante de qualquer problema grave: “ou você se entrega a ele ou você luta”. E, para lutar com a certeza da vitória, é necessário utilizar a fé.

Se você ou alguém da sua família está enfrentando uma doença, participe, na terça-feira, da Corrente da Cura em uma Universal mais próxima. Lá muitos milagres têm acontecido. No Templo de Salomão, em São Paulo, as reuniões acontecem às 10 horas, às 15 horas e às 20 horas. Em outras localidades, encontre os endereços e saiba onde há um templo mais perto de você.

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Colaborador

Núbia Onara / Foto: Demetrio Koch e cedida