Falso: Universal quer sanção de lei que extingue título de “Padroeira do Brasil”

Veja a verdade sobre fake news que se espalhou nas redes sociais

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De acordo com um texto com o timbre da Câmara dos Deputados que circula pela rede social WhatsApp, o Bispo Edir Macedo fez um acordo com o candidato à Presidência da República pelo Partido Social Liberal (PSL), Jair Bolsonaro, para a sanção de uma lei que retira de Nossa Senhora Aparecida a condição oficial de “Padroeira do Brasil”. Pelo texto, a aprovação do Projeto de Lei 2623/07 seria “moeda de troca para oferecer apoio a Bolsonaro”.

Outra mensagem que circula pela Internet reproduz o portal do jornal Folha S. Paulo que relata uma proposta do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) para mudar o tom de pele da imagem da mesma santa, ideia que teria sido discutida com o Bispo Macedo.

O texto atribuído à Câmara dos Deputados também informa que o líder espiritual da Universal “quer implantar também o ensino evangélico a todas as crianças, a partir da creche, em janeiro de 2020”.

A verdade é:

Nem o Bispo Edir Macedo, nem a Universal tem qualquer relação com esse Projeto de Lei (PL) que tramitou na Câmara dos Deputados há uma década.

Uma simples consulta à tramitação da proposta na Câmara desmonta completamente a fake news, pois consta que o PL  2623/07 foi rejeitado pela Comissão de Educação e de Cultura (CEC) em 9/7/2008 e arquivado em 22/08/2008. Ou seja, há 10 anos o projeto nem existe mais.

Quanto ao texto atribuído à Folha de S. Paulo, o jornal desmentiu o boato informando que “é possível conferir no índice da edição impressa daquele dia (11/10), não foi publicado nenhum texto com o título igual àquele da mensagem compartilhada ou sobre qualquer proposta de alterar a imagem” da santa.

Já sobre a fake news do ensino religioso nas escolas públicas, a Universal defendeu exatamente o contrário em audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF): a Igreja apoia o ensino religioso não confessional, que deve ser facultativo, com professores qualificados para tal. “O ensino deve ser sobre religião, e não da religião”, afirmou o representante da Universal durante a audiência.

(*) Do blog Mitos e Verdades. Leia o texto na íntegra clicando aqui.

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Colaborador

Redação (*) / Imagem: Reprodução