Para contribuir com a ressocialização de ex-detentas no Rio de Janeiro, integrantes de programa social ministram aulas de capacitação na área de beleza. Esse é o segundo curso profissionalizante que beneficia mulheres recém-egressas do sistema penitenciário no estado fluminense. A iniciativa faz parte do atendimento prestado por voluntários do programa social Universal nos Presídios (UNP) que acontece em unidades prisionais em todo o Brasil e no exterior.

Neste primeiro trimestre do ano, 20 ex-presas aprenderão o ofício de manicure para que tenham uma profissão e reconstruam a vida.

“A maioria delas foi abandonada pelo companheiro, tem filhos e não possui nenhuma profissão que lhes garanta o mínimo para sobrevivência. Oferecemos a elas uma oportunidade de aprender um ofício para obter alguma renda, e assim não voltar ao crime”, explica Fabíola Batista, responsável pelo trabalho da UNP nos presídios femininos do Rio de Janeiro.

Para aprender a nova profissão, elas ganharam um kit completo de material para trabalhar como manicures: alicate para retirar cutícula, tesoura, lixas de unha, acetona, algodão e esmaltes. Além do equipamento de trabalho, elas receberão uma cesta básica por mês e o dinheiro para pagar o transporte.

O curso de manicure, que começou a ser ministrado nesta segunda-feira (11/2) na catedral da Universal, em Del Castilho, no estado do Rio, terá duração de três meses. A ação contará com apoio de voluntários de outro programa social da Universal, o “Ler e Escrever”.

Liberdade e trabalho

Em 2018, a UNP ajudou a ressocializar 105 ex-detentas no estado do Rio, oferecendo capacitação profissional, apoio emocional, amparo social, orientação jurídica, entre outras ações sociais, que as prepararam para ir em busca do sustento.

 “Quando uma ex-presa consegue se reerguer, trabalhar e sustentar a família, contribuímos com a sociedade porque desta maneira, elas não voltam ao crime”, explica Fabíola. Ela destaca que para o próximo trimestre a UNP está preparando o curso de cabeleireiro.