No último domingo (7), foi realizado o evento “Estás Livre” em todo o país. Na ocasião, os programas sociais Universal nos Presídios (UNP) e Universal Socioeducativo (USE) mobilizaram seus voluntários para prestarem assistência à família de presidiários e menores infratores. Foram alcançados 36,6 mil brasileiros pela ação.

O USE marcou presença no evento levando familiares de menores infratores, ex-internos, crianças, adolescentes e mulheres que se encontram em abrigos. Em diversos estados do Brasil, os voluntários do programa social ofereceram um café da manhã especial para os visitantes.

“Desde que meu filho passou a receber as visitas do grupo Universal Socioeducativo dentro da unidade, percebi que a vida dele mudou. Aqui fora, nós também contamos com a assistência dos voluntários, que nos entregam cestas básicas quando precisamos”, relata Joana Maria da Silva.

Segundo o responsável pelo USE no Brasil, Ulisses Gomes, quando as famílias e os ex-internos são convidados para um evento como esse, o objetivo do programa social é prepara-los para que “possam ajudar seus filhos e netos no processo de reinserção social. O sistema socioeducativo os acompanha enquanto estão dentro das unidades, e nós, além disso, seguimos com eles até mesmo depois que são liberados”.

Criados pela Igreja Universal do Reino de Deus, a UNP e a USE desenvolvem ações sociais para ajudar na ressocialização de internos e no acompanhamento de familiares no Brasil e exterior.

Após a reunião de domingo realizada no Templo de Salomão – localizado na zona leste de São Paulo –, os voluntários da UNP desenvolveram uma ação social que amparou cerca de 700 familiares de presidiários.

Foram oferecidos, gratuitamente, atendimentos médicos e jurídicos, exames de vista, além de tratamentos estéticos como: manicure, massagem relaxante, maquiagem e cuidados com os cabelos. Também foram distribuídos cestas básicas, brinquedos e lanches.

A voluntária Gleciene do Carmo Lopes Alvarez, de 42 anos, diz que a UNP é uma oportunidade de retribuir aos familiares de detentos tudo o que recebeu durante anos atuando como cabeleireira. “Venho doar um pouco do meu tempo para demonstrar a essas pessoas o valor que elas têm, apesar de tanto sofrimento que passam por terem um familiar detido ou mesmo por serem egressas do sistema prisional”.

Segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), com 919.951 pessoas reclusas, a população carcerária atual é a maior registrada pelos sistemas oficiais.