“Eu tentava mostrar algo que eu não era"
Como Angela Mantovani encontrou na fé a transformação de sua vida
Aos 41 anos, Angela Mantovani, diretora de ensino, relembra sua infância marcada por enfermidades: “Eu passava boa parte do tempo internada em hospitais. Quando sarava de uma doença, logo aparecia outra. Cresci sem entender o porquê de tanto sofrimento”. Na adolescência, a debilidade do quadro físico se somou a uma profunda angústia. “Me sentia sozinha, abandonada e inferior a todos. Eu tinha dificuldade para fazer amizades porque me via diferente, deslocada, como se eu não pertencesse a lugar nenhum”, diz.
Para lidar com a sensação de inadequação, ela recorreu às “máscaras”, como define: “Eu buscava mudanças externas, como na estética e na beleza, para tentar compensar o vazio interior. No fundo, eu tentava mostrar algo que eu não era”. As fugas incluíam o álcool, as festas e baladas, como enumera: “Quanto mais eu buscava preencher esse vazio com as coisas do mundo, mais ele aumentava. Nada me completava”. As tentativas frustradas resultaram em depressão, crises e necessidade de acompanhamento psiquiátrico.
Socorro
Ela conta que a dor atingiu seu limite. “Eu estava sozinha no banheiro de casa, atormentada por vozes que me acompanhavam dia e noite e que diziam que nada na minha vida dava certo. Essas vozes diziam que eu não tinha valor e que o melhor seria acabar com tudo. Mas, naquele momento, outra voz, suave, firme, falou comigo. Ela dizia que eu não deveria fazer aquilo. Naquele instante entendi que era Deus me dando uma chance.” Depois desse episódio, ela pediu socorro à irmã, que é obreira na Universal.
Chegada e afastamento
Em 2019, ela deu o primeiro passo na fé ao chegar à Universal. “A princípio, eu via a Bíblia e não tinha paciência nem de olhar a capa. Quando tentava ler, as palavras pareciam desaparecer. Era como se eu estivesse olhando para uma folha em branco. Comecei a acreditar que eu era indigna de tudo que estava escrito ali”, relata. Tomada pela culpa e pela sensação de não merecer perdão, Angela se afastou. “Eu já não acreditava em mais nada, só queria que tudo acabasse”, declara.
Transformação
A mudança só ocorreu quando ela entendeu que isso dependia de decisão, perseverança e entrega. Dessa forma, sua relação com a Bíblia se tornou o pilar de sua fé. Ao receber o Espírito de Deus, Angela conta que tudo se fez novo: “Deus restaurou minha mente e tirou todas as acusações e todo o tormento. Ele não apenas me libertou como me transformou completamente. Sou a prova viva de que o Senhor Jesus não desiste de ninguém e de que, quando Ele entra, tudo muda”.
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