“Eu pensava como matar o maior número de pessoas”

Por ter uma família desestruturada e sofrer rejeição na escola, Giancarlos Gomes sentia desejo de praticar atos terroristas. Confira como ele mudou

Imagem de capa - “Eu pensava como matar o maior número de pessoas”

A rejeição e a falta de paz tornaram o jovem Giancarlos Gomes, de 23 anos, um adolescente cheio de maldade. Aos 16 anos, ele não conseguia respeitar seu pai por causa de diversas brigas e agressões que presenciava em casa.

Não demorou muito para que tivesse depressão. “Eu saía para a rua para encontrar paz e comecei a ver que as pessoas não queriam minha presença. Eu era tímido em sala de aula, mas no meu caderno tinha vários desenhos de armas e bombas.”

Giancarlos se sentia desorientado e, por isso, chorava todas as noites. Para tentar se enquadrar na sociedade, passou a conviver com uma turma que gostava de armas. “Estudava tudo que se relacionava a armas, assassinatos e bombas. Eu pensava como matar o maior número de pessoas, montava estratégias e estudava o cálculo de estruturas e fundamentos para matar várias de uma vez”, relata.

Objetivos
Ele também sofria rejeição na escola e planejava um ataque terrorista ao local. A cada dia, ele ficava mais obcecado por colocar seu objetivo em prática. As estratégias, pesquisas e os projetos eram a maneira que ele encontrava para esquecer temporariamente suas dores e sentimentos. “Bolei o plano e ia fazer o ataque, mas me faltava coragem e disposição.”

Ele fez do seu quarto um refúgio. Lá, ele produzia também pequenas bombas caseiras. “Estava totalmente depressivo, não sabia por que chorava, mas me sentia um lixo, um nada. Sentia que tinha nascido para morrer”, relembra.

Inesperado
Certo dia, Giancarlos (foto abaixo) passou na frente de uma Universal e algo o atraiu para que entrasse. “Me deparei com duas obreiras que me pediram para esperar, pois logo haveria uma reunião com os jovens. Vi vários deles chegando felizes. Percebi que havia paz e alegria no rosto deles e eu queria aquilo para mim”, diz.

Naquele dia, ele compreendeu que Deus o valorizava. Então, entregou a sua vida a Ele e Lhe pediu para que tirasse o vazio que sentia. A partir daí, deixou de se interessar pelos planos terroristas e se preocupou com sua libertação e o batismo com o Espírito Santo. Hoje, sua vida e o seu relacionamento com seus pais estão transformados. Por isso, ele também ajuda outros jovens a terem uma vida feliz
e com paz.

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Colaborador

Michele Francisco / Foto: Demetrio Koch e Cedidas