“Eu passei a colocar Deus na minha luta e não pensei mais que estava só”

A vida destruída do supervisor Silas Santos foi substituída pela vida abundante que ele ouviu falar que Jesus prometia. Saiba o que ele fez

Imagem de capa - “Eu passei a colocar Deus na minha luta e não pensei mais que estava só”

 

Desde que chegou à Universal pela primeira vez, às 6h da manhã de um domingo, depois de um convite que ouviu pela programação de rádio da Igreja, o supervisor de projetos industriais Silas de Jesus Santos (hoje com 51 anos) nunca mais saiu da Presença de Deus.

Ele conta que todo sofrimento começou já na infância e sua vida era completamente desestruturada. Ainda criança, via seu pai, bêbado, agredir sua mãe. Certa vez, Silas presenciou seu pai pegando um facão amolado para agredi-la. Para impedir uma tragédia, um de seus irmãos mais velhos segurou o facão com as duas mãos e quase teve os dedos decepados. Quando ele tinha oito anos, seu pai saiu de casa e deixou a família sem nenhum apoio. Sua mãe passou a beber e a chegar tarde em casa, tornando-se praticamente uma moradora de rua.

Suas irmãs o criaram até a adolescência e depois ele passou a morar sozinho em um barraco que construiu em um terreno da família. Aos poucos, a infância desestabilizada deu lugar a uma vida adulta destruída.

Silas relata como vivia quando ouviu o convite da Universal na rádio: “eu cheguei a passar fome, tive de vender tudo para solucionar problemas financeiros e fiquei morando de favor na casa de familiares. Meu guarda-roupa na época era uma caixa de papelão. Eu não tinha perspectiva de vida. Pensei em morrer por conta de tanto sofrimento. Meu nome estava sujo no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e devia mais de R$ 30 mil. Eu estava ameaçado de morte, doente, viciado em álcool e cocaína, a ponto de até esquecer de beber água, inclusive passei uma semana só bebendo cerveja. Meus familiares e amigos se afastaram de mim. Ameaçado de morte, eu andava armado com um revólver e tinha um ódio tremendo no coração”.

Lutando com Deus ao lado
Silas lembra que na primeira reunião da qual participou ouviu o Pastor dizer que não devemos aceitar viver em uma situação ruim. O Pastor mostrou, na Bíblia, a promessa de que o Senhor Jesus tinha vindo para que tivéssemos vida com abundância: “eu não entendia direito, mas fiquei comparando a minha vida com o que o Pastor dizia que estava escrito e pensei: ‘eu estou vivendo mais a morte do que a vida e estou pensando em morrer! E como ter abundância se eu tenho passado fome?’ O que o Pastor dizia me fez utilizar a fé que eu tinha, mas não sabia como usar. A partir daquele momento passei a colocar Deus em minha luta e não pensei mais que estava só. Vi que Deus estaria comigo nas minhas batalhas. O Pastor me ensinou sobre a fidelidade a Deus em tudo e não só nos dízimos. Ali eu comecei a me aproximar mais de Deus”.

Poder lutar contando com Deus fez Silas sair da reunião mais confiante. A noite daquele domingo já foi diferente. Ele era atormentado com frequência por pesadelos, mas daquele dia em diante não teve mais nenhum.

O Poder que mudou tudo
A parte principal dessa mudança, Silas destaca, foi receber o Espírito Santo. Mas, para isso, ele passou a colocar em prática a palavra “sacrifício”. Não só o material, mas, principalmente, o espiritual. Foi então que a Fogueira Santa passou a fazer parte da sua vida.

“Eu era avarento. Meu coração estava no dinheiro. Eu era apegado também ao primeiro carro que comprei, um Chevette 81. Ninguém podia encostar nesse carro. Quando eu o vendi, chorei como se estivesse perdendo algo extraordinário. Coloquei o valor todo no Altar para dizer a Deus que aquele carro não era o primeiro na minha vida, mas que o primeiro era Ele. Pedi perdão a um irmão que eu tinha agredido no passado e de quem guardava mágoa. Fazer isso tirou um peso de dentro de mim. Também fui consertando tudo o que estava errado em minha vida. Eu era viciado em pornografia, mulheres e jogos. Fui me libertando de tudo. Passei uns seis meses ‘limpando’ a minha vida. Tudo o que Deus me mostrava eu mudava: minhas vestes, minhas manias, o hábito de mentir, a maneira de falar, etc. Deixei as amizades que me levavam para a bebedice. Passei a buscar a Deus incessantemente, pois eu tinha entendido que, se eu recebesse o poder do Espírito Santo, venceria as minhas batalhas, testificaria a existência de Deus na minha vida e ganharia outras almas para Ele.”

Foi durante uma concentração de fé que ele recebeu a maior de todas as promessas: “eu fui tomado pela Presença de Deus. Senti alegria, paz e a certeza de que Jesus era vivo e estava ali. Minha vida se transformou a partir daquele dia, que foi o mais feliz da minha vida”.

O batismo com o Espírito Santo não o isentou de enfrentar desafios, mas o ensinou a lutar e a perseverar por meio da obediência à Palavra de Deus e a cada Fogueira Santa ele via a oportunidade de ver promessa por promessa se cumprir em sua vida. Ele realizou o sonho de ter filhos, ainda que antes fosse estéril. Mesmo ensinando os caminhos de Deus para eles, não hesitou em colocá-los no Altar e hoje eles estão firmes na fé. Silas progrediu também profissionalmente e estabilizou sua vida e a de sua família. Ele se lembra, em detalhes, de todas as Fogueiras Santas de que participou e de como Deus agiu em sua vida e afirma: “a maior riqueza que eu possuo é o Espírito Santo. O Senhor Jesus é a minha maior riqueza. Posso perder tudo, mas não posso perdê-Lo”.

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Colaborador

Núbia Onara / Fotos: Cedidas