“Eu não tinha vida”

Por não encontrar razão para viver, Rosângela Delfino chegou à conclusão que o melhor seria matar seu filho e depois tirar a própria vida

Imagem de capa - “Eu não tinha vida”

“Minha família vivia em uma miséria muito grande, éramos seis irmãos e passávamos sempre muita dificuldade porque meu pai tinha muitos vícios e, quando chegava em casa, nos agredia, quebrava tudo e batia na minha mãe.” Esse é o resumo que Rosângela Delfino, fisioterapeuta de 52 anos, faz da infância e da adolescência. Para fugir daquela realidade, ainda jovem, ela começou a beber e não perdia uma oportunidade de ficar fora de casa.

Por ter em casa o casamento infeliz dos pais como exemplo, ela não via perspectiva de ter uma vida amorosa bem-sucedida. “Tive um filho e não fiquei com o pai dele. Vivi vários relacionamentos, com homens solteiros e casados, porque achava que, como a minha mãe não era feliz no casamento, eu também não tinha motivo para me casar. E assim fui vivendo, como se diz, ‘por aí’ e ‘empurrando a vida com a barriga’”, conta.

Até que a mãe de Rosângela faleceu, ela perdeu a pouca estrutura que tinha e chegou ao fundo do poço. As dificuldades financeiras aumentaram, apesar dela estar empregada, pois a empresa onde Rosângela trabalhava estava em processo de falência e já não conseguia pagar os funcionários. Tantos problemas a faziam se questionar por que tinha nascido, se era para viver daquele jeito, e chegar à conclusão equivocada de que a única solução seria matar o filho e em seguida se matar. Essa ideia era tão persistente em sua mente que Rosângela já não conseguia nem sequer dormir. Apesar de viver todo esse conflito, quem a conhecia não imaginava o que se passava dentro dela. “Eu conversava com as pessoas, ria, brincava, mas, dentro de mim, não tinha vida”, revela.

Do jeito certo
Certa noite, enquanto mudava o canal da TV, ela se deparou com um programa da Universal. Nele, o pastor falava para as pessoas que estavam pensando em acabar com a própria vida que Deus queria cuidar delas. Refletindo a respeito daquelas palavras, Rosângela lembrou que já tinha sido convidada para uma reunião na Universal anteriormente, mas recusara por causa do preconceito que sentia, e decidiu ligar para a amiga que a convidara e avisar que iria à igreja com ela no dia seguinte.

Rosângela lembra que quando chegou à Universal tudo que ouviu foi ao encontro do que ela estava passando, então ela fez uma oração sincera e pediu a Deus que Ele cuidasse dela porque, caso contrário, ela não saberia o que fazer. Ela relata que a resposta foi imediata: “naquele momento, senti uma paz muito grande, saí leve de lá, meus problemas já não eram tão grandes e Deus começou a mandar pessoas para me ajudar”.

À medida que participava das reuniões na Universal, Rosângela aprendia como colocar Deus em primeiro lugar em sua vida e decidiu obedecer à Palavra de Deus, mesmo quando tinha que contrariar a si mesma. “Quando percebi que minha vida não tinha resultados positivos porque eu fazia as coisas do meu jeito, mudei de rota e passei a obedecer à Palavra de Deus. Tinha coisas que eu realmente não conseguia fazer sozinha e eu pedia a Deus que me ajudasse a ser obediente. Terminei o relacionamento que eu mantinha com um homem casado e parei de ir a festas. Fui batizada nas águas e perdoei meu pai, pois eu tinha um ódio muito grande dele. A partir desse dia, eu floresci mais ainda. Comecei a orar mais, a ler mais a Palavra de Deus e a jejuar mais”, diz.

O mais importante
As mudanças na vida de Rosângela eram evidentes, mas ainda faltava o que selaria toda aquela transformação que teve início em sua vida: o batismo com o Espírito Santo. Foi quando começou a campanha da Fogueira Santa. “Quando entendi o propósito da Fogueira Santa, ao ver os testemunhos das pessoas, compreendi o que eu precisaria fazer para receber o Espírito Santo, ou seja, se não houvesse o sacrifício da minha parte e se eu não mostrasse a Deus que realmente O queria, eu não iria recebê-Lo. Foi quando fiz a Fogueira Santa para receber o Espírito Santo”, explica. Ela afirma que seu pedido foi atendido três dias depois do cumprimento do voto que fez no Altar.

“Em uma quarta-feira, eu falei para Deus: ‘necessito do Senhor. Se o Senhor não habitar dentro de mim nem tirar esse meu eu que é tão ruim, não sei o que será de mim. Naquele momento, percebi uma paz muito grande e Deus me falando assim: ‘Eu sei o que você está passando e Eu vou cuidar de você. Pode ficar tranquila. Me deixe cuidar de você que eu vou cuidar’. Foi uma alegria muito grande e saí de lá uma nova mulher. Aquela Rosângela de antes não existia mais. Começamos a ver o mundo com outros olhos e os sentimentos que temos realmente são os de Deus. Passamos a olhar as pessoas como Deus olha”, declara.

A mudança interna que aconteceu na vida de Rosângela passou a se refletir em todas as áreas de sua vida. Ela, que chegou na Universal sem nenhuma perspectiva de vida e sem nem mesmo ter concluído o ensino médio, fez o curso superior em fisioterapia e hoje usa sua formação para fazer trabalhos voluntários com os idosos que participam do Grupo Calebe.

Foi também na Universal que Rosângela conheceu o marido, que faleceu em 2020, e teve um casamento feliz com ele por nove anos. Diferentemente de como ficou quando sua mãe faleceu, ao obter a estrutura emocional e espiritual que somente o Espírito Santo pode proporcionar, ela conta que hoje é uma pessoa forte porque em todo momento Deus está com ela. “Eu nem sabia para quê eu tinha nascido e hoje sei que nasci para glorificar o nome de Jesus. A Universal me proporcionou isso. Eu falo para as pessoas que elas têm preconceitos contra a Universal porque não conhecem o Espírito Santo. Eu prefiro que o Senhor Jesus me leve a viver neste mundo sem Ele”, conclui.

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Colaborador

Núbia Onara / Demetrio Koch