“Eu mentia para mim mesma”

Tentando preencher o vazio que sentia, Vanilda Arruda levou uma vida ilusória durante muito tempo, até que descobriu a Verdade

Imagem de capa - “Eu mentia para mim mesma”

A decepção após o término de um relacionamento que começou na adolescência e durou mais de 20 anos levou a assistente administrativa Vanilda Arruda, de 49 anos, a tentar desesperadamente preencher o vazio que sentia se envolvendo com outros homens. “Eu me senti rejeitada, então fui fazer tudo que não fiz por ter começado um relacionamento muito jovem”, conta ela, que teve uma filha com o companheiro de longa data. No mesmo período da separação, Vanilda sofreu outra perda com a morte de sua mãe, que estava lutando contra um câncer, o que aumentou seu sentimento de frustração.

Os relacionamentos casuais eram como uma válvula de escape para Vanilda, embora ela não se sentisse bem com seu comportamento. “Cada dia que passava, essa minha vida de promiscuidade e pornografia aumentava mais ainda. Quando eu marcava um encontro com alguém, já começava a sofrer e, quando chegava o dia marcado, então, era um sofrimento ainda maior. Eu tomava banho naquela tristeza, eu me arrumava naquela tristeza, mas, quando saía pela porta de casa, eu colocava a ‘máscara’ de que estava tudo bem e ia. Era muito difícil”, revela.

Foi quando ela percebeu que já tinha ultrapassado os próprios limites em relacionamentos que não lhe davam satisfação. “Quando comecei a me envolver até com mulheres pensei: ‘Não tem mais jeito na minha vida, a cada dia que passa a tristeza e o vazio aumentam mais e já não tenho mais limites. Preciso parar por aqui’”, diz.

A busca para preencher o vazio não se limitava a recorrer aos relacionamentos. Ela destaca que todo final de semana participava de algum culto religioso para ouvir alguma palavra que lhe trouxesse conforto e paz, mas a sensação era momentânea e não promovia uma mudança de pensamento.

Vida de verdade

Ela foi convidada por uma colega de trabalho para ir ao Templo de Salomão. Mesmo relutante, ela aceitou o convite e, já na primeira reunião de que participou, percebeu algo diferente, como relata: “Deus falou comigo de uma forma plena e absoluta, através da passagem bíblica ‘conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará’ (João 8.32), e foi ali que decidi não mentir mais para mim, porque, além de mentir para as pessoas, eu mentia para mim mesma e eu não queria mais aquilo. Decidi mudar e um tempo depois me batizei nas águas”. A mudança não foi simples nem imediata, conforme esclarece: “Precisei perdoar o pai da minha filha e me perdoar por tudo que aconteceu, pois entendi que as coisas só chegam aonde chegam porque a gente permite, já que nós temos o
livre-arbítrio para fazer as nossas escolhas e eu fiz muitas escolhas erradas. Então, para me libertar, eu precisava fazer a Vontade de Deus. Quando conheci e pratiquei a Verdade pude ser preenchida pelo Espírito Santo e me tornei uma nova criatura. Hoje eu tenho essa paz que excede todo e qualquer entendimento”, detalha.

Há oito anos na Presença de Deus, ela diz que se sente plenamente realizada em tudo que faz, mesmo sem estar em um relacionamento: “A cada dia que passa tenho mais certeza que essa foi a melhor escolha que fiz na minha vida e não a troco por nada nem ninguém, pois Deus é a minha prioridade”.

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Colaborador

Núbia Onara / Foto: Demétrio Koch