"Eu me via como um monstro”
Priscila Portilho vivenciou agressões no lar durante a infância e foi violentada aos 13 anos, o que a levou a desenvolver depressão e a ter surtos psicóticos. Saiba como ela refez sua vida
A funcionária pública Priscila Vanessa Portilho, de 33 anos, teve muitas experiências traumáticas em sua vida. Ela cresceu em um lar marcado por brigas e traições e convivia com a agressividade de seu pai. “Isso gerou em mim uma revolta e uma tristeza enormes, a ponto de eu não querer ter nascido naquela família. Além disso, eu tinha inseguranças e conflitos internos.”
O sofrimento de Priscila aumentou aos 13 anos, quando ela sofreu um abuso sexual. Depois desse fato, ela conta que começou a se ver como uma pessoa “suja” e incapaz de ter uma vida normal: “eu passei a me isolar e todos os dias me trancava no meu quarto para chorar”.
ÓDIO CONTRA O PAI E VENENO EMOCIONAL
Além dos problemas internos que enfrentava, ela era impactada pelo sofrimento causado por seu pai à família: “meu pai continuava a me maltratar e a agredir e a trair a minha mãe. Então, passei a ter ódio dele e até planejava matá-lo com veneno”.
Ela não concretizou esse desejo, mas, quando se tornou adulta, o veneno emocional que carregava passou a contaminar os seus relacionamentos amorosos. “Minha defesa contra a dor que eu sentia era agredir as pessoas com palavras e até fisicamente e, por isso, eu não dava certo com ninguém e sempre sofria decepções e traições”, afirma.
“POSSESSÃO MALIGNA”
A piora de seu estado emocional a impedia de estudar, de trabalhar e de desenvolver relacionamentos sociais. A angústia e a tristeza de Priscila chegaram ao limite quando ela completou 22 anos: “a minha vida não tinha mais sentido. Passei a ter insônia, síndrome do pânico e a depressão tomou conta de mim. Tive até surtos psicóticos”.
Durante uma dessas crises, ela revela que pensou em suicídio, mas, por já ter ouvido falar da eternidade, desistiu de cometê-lo. Ela procurou ajuda de médicos e até usou medicamentos, mas logo as crises voltaram. “Foi quando passei a sofrer com possessão maligna. Eu agredia meu irmão e brigava constantemente com meus pais. Eu não conseguia trabalhar em nenhum lugar, parei de estudar e passei a viver dentro do meu quarto escuro. Eu me via como um monstro”, detalha.
LUZ NO FIM DO TÚNEL
A solução para o caso dela só foi encontrada depois que sua mãe assistiu a um programa da Universal na TV e entendeu que existia uma chance para a filha: “incialmente, eu resisti ao convite de ir à igreja, mas um dia ela me levou. Só me lembro que no final da reunião o pastor disse que me ajudaria”.
Priscila, então, passou a frequentar as reuniões em busca da libertação e da Presença do Espírito de Deus: “comecei a ser forte, passei a enfrentar meus problemas com a fé e minha vida voltou ao normal nos estudos, no trabalho e na família”, diz.
Hoje ela tem uma vida repleta de alegria e paz ao lado do marido, Kleber da Costa Portilho, de 48 anos, e da filha, Fernanda Kézia Pinto Portilho, de 5 anos. “Deus me abençoou com um casamento e uma filha. Hoje tenho um lar, bênçãos financeiras e saúde, mas o bem mais precioso que recebi de Deus foi o Espírito Santo”, conclui.
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