“Eu me sentia oca por dentro”

Brumila Resende fazia de tudo para provocar a ira do pai, mas só fez mal a si mesma. Saiba como ela superou a mágoa

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Nascida em Lavras e criada em Pouso Alegre, ambas cidades de Minas Gerais, a empresária Brumila Resende Ferreira, de 30 anos, conta que teve uma infância difícil. “Meus pais brigavam muito, até se agrediam, e eu presenciava tudo. Eu também era agredida pelo meu pai. Sofrendo, minha mãe ouviu falar de uma igreja nova que tinha chegado na cidade e foi até lá. Era a Igreja Universal. Eu tinha 7 anos quando começamos a frequentá-la”, recorda.

Os anos foram passando e, aos 14 anos, influenciada pelas amizades, Brumila deixou de ir à igreja e passou a frequentar festas raves e baladas. Nesses ambientes, ela passou a consumir bebida alcoólica e, tempos depois, experimentou maconha. A princípio, ela diz que era motivada pela mágoa. “Meu pai era militar e ele sempre nos ensinava a nunca beber, fumar ou se envolver com drogas, porém, como eu tinha mágoa dele, passei a fazer tudo o que ele odiava como uma forma de atingi-lo. Mas, na verdade, eu estava apenas me autodestruindo. Aos 18 anos, eu já não conseguia viver sem as drogas”, declara.

Ela não ficou só no consumo de maconha e passou a usar substâncias mais fortes. “Lembro de só me sentir feliz com o uso delas e de não imaginar a minha vida sem as drogas. Eu não conseguia trabalhar nem estudar lúcida. Eu precisava estar sempre sob o efeito de drogas. Era muito triste ver minha vida e meu futuro caminhando para o abismo”, diz.

Ela revela que, na vida amorosa, se relacionava com usuários de drogas e que suas escolhas eram reflexo de seu interior. “Eu me sentia oca por dentro. Tinha uma casca aparentemente boa, mas no interior eu era feia, podre, triste, cheia de mágoas e de desejo de vingança. Eu não me achava capaz de nada, me sentia uma pessoa sem valor, um peso na vida da minha família e no mundo”, exprime.

Aos 20 anos, Brumila teve depressão e foi diagnosticada com esquizofrenia e ataques de pânico, o que a levou a ter de usar continuamente medicamentos tarja preta.

Um novo norte
Brumila retornou à Universal em março de 2014, a convite da mãe. Na época, ela estava doente, pesava apenas 45 quilos e vomitava sangue. Apesar das dificuldades, ela conta que se entregou a Deus completamente, abandonou os vícios e as más amizades, perdoou o pai e se libertou das doenças mentais. “Depois de me libertar, decidi me batizar nas águas. O pastor pediu que eu voltasse no dia seguinte para que fosse feita a limpeza do batistério, mas não aceitei. Eu queria ser batizada naquela água suja mesmo, pois sabia que o pior era o que eu carregava dentro de mim”, diz.

Pouco tempo depois, em uma vigília, ela recebeu o Espírito Santo. “Comecei a buscá-Lo com todas as minhas forças e nosso encontro aconteceu”, diz. Ela conta como é sua vida atualmente: “hoje, depois de receber o Espírito Santo, eu tenho amor-próprio, uma família que me ama e me respeita e também a amo e respeito. Tenho um casamento maravilhoso, com um marido que Deus me presenteou e estamos à espera do nosso filho, que já é muito amado. Temos uma vida financeira abençoada e somos coluna na Casa do nosso Deus. Hoje sou feliz e completa”, finaliza.

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Colaborador

Kelly Lopes / Foto: Cedida