“Eu entendi que o vilão era eu”

Depois de mais de dez anos afastado de Deus, Henrique Penteado percebeu quem era o seu maior adversário e como vencê-lo

Imagem de capa - “Eu entendi que o vilão era eu”

Quando o supervisor de logística Henrique Penteado, de 37 anos, nasceu, sua mãe já frequentava a Universal. Por causa disso, ele viveu a infância e adolescência em um ambiente de fé. Ao completar 20 anos, ele passou a servir a Deus como obreiro, mas, dois anos depois, sua mãe morreu e ele começou a ter conflitos com a fé.

Afastado da Presença de Deus, ele passou a ir a festas e a ingerir bebidas alcoólicas. Influenciado por amigos, ele experimentou cocaína. “Eu passei a consumi-la no dia a dia, no trabalho e na hora do almoço. Comecei a ficar dependente da droga, a gastar meu salário, a vender coisas dentro de casa para poder usá-la e aquilo foi acabando comigo. Eu parei de comer e ia trabalhar ‘virado’”, diz.

A sensação de poder e a necessidade de manter o vício levaram Henrique a se envolver com pessoas ligadas à criminalidade. E, apesar de sentir remorso todas as vezes que chegava em casa, esse sentimento não era capaz de promover sua mudança.

Tentando voltar
Henrique conta que, mesmo envolvido com atitudes erradas, ele sempre desejou voltar para a Presença de Deus, mas não tinha forças. “O pecado acusa você e distorce tudo na sua mente. Então, isso me fazia acreditar que eu seria desprezado pelas pessoas na Igreja. Quando eu deitava a cabeça no travesseiro, sentia falta de falar com Deus, de louvar e das reuniões, mas eu não tinha forças nem sequer para abrir a boca e falar: ‘Deus, me perdoa, eu preciso de ajuda’”, relembra.

Nesse período, ele conheceu a mãe dos seus dois filhos e eles começaram a namorar. Ele contou a ela a verdade sobre sua situação, disse que tinha se envolvido com o crime, que estava perdido por usar drogas, que tinha frequentado a Universal e que estava afastado da Presença de Deus. “A princípio, ela não gostou muito, porque não gostava da Universal. Ela me falou que concordava que nós dois precisávamos mudar, mas só iria à Universal para me agradar”, conta.

O casal decidiu, então, ir à Igreja. O namoro evoluiu para o casamento, os filhos nasceram e a esposa de Henrique começou a mudar internamente. Ele, porém, continuava inconstante na fé. Ele diz que, apesar de frequentar a Igreja, não praticava o que a Palavra de Deus ensinava. Foi quando ele traiu a esposa com uma colega de trabalho e o casamento de 12 anos chegou ao fim.

Saindo do fundo do poço
Com o término do casamento, a vida de Henrique chegou ao fundo do poço e, assim, ele pensou em acabar com a própria vida se jogando de um viaduto. Justamente naquele instante, ele percebeu que Deus falava algo em sua mente, como lembra: “Deus disse: ‘não faça isso. Se você morrer agora, você vai para o inferno. Eu sou teu Deus, me dá uma oportunidade’. Naquele momento, eu despertei. Passou um filme na minha cabeça de tudo que eu fiz, das inúmeras oportunidades que Deus tinha me dado e das vezes que eu O deixei de lado. Ali eu entendi que o vilão não era Deus. O vilão era eu”.

Cansado de sofrer e de fazer as pessoas ao seu redor sofrerem, Henrique decidiu provocar uma mudança verdadeira em sua vida. Ele se afastou das más amizades, passou a frequentar as reuniões na Universal, começou a ler a Bíblia com dedicação e se batizou nas águas.

O Pastor enfatizava a ele que não haveria mudança sem que ele recebesse o Espírito Santo. Então, ele O buscou e, ao recebê-Lo, ele também recebeu a força que nunca tivera antes. Daí em diante, tudo começou a se desenvolver.

“Eu era uma pessoa inconstante, com dúvidas e Deus me deu firmeza, responsabilidade e disciplina. O Espírito Santo mudou meu caráter. Eu fazia muita coisa errada, mas decidi que pagaria qualquer preço para falar a verdade e fazer o que é certo. Hoje pode estar acontecendo o que for que eu durmo e acordo em paz”, conclui. Atualmente, Henrique é voluntário no grupo Universal Socioeducativo.

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Colaborador

Núbia Onara / Fotos: Guilherme Branco