Escolas adotam políticas para ocultar dos pais a identidade de gênero escolhida por alunos

Mais de 18 mil escolas com 10,7 milhões de alunos já aderem a normas que defendem o sigilo da identidade sexual dos alunos

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Segundo relatório divulgado pelo grupo Parents Defending Education (Pais que Defendem a Educação, do inglês), mais de mil distritos escolares dos Estados Unidos adotaram políticas que possibilitam que professores e funcionários ocultem informações dos pais sobre a identidade de gênero escolhida pelos alunos.

O relatório ainda afirma que 18.335 escolas com mais de 10,7 milhões de alunos já aderem às”Políticas de Transgênero/Não Conformidade de Gênero”, que defendem o sigilo da identidade sexual de um aluno.

Saiba mais:

  • Alguns distritos argumentam que notificar os pais sobre o assunto pode representar um risco para que alunos do ensino secundário não tenham o apoio de seus responsáveis para a transição de gênero (mudar o nome ou ingerir bloqueadores da puberdade e hormônios do sexo oposto).
  • Ainda de acordo com a defesa desta política, adotar tais medidas possibilita que a instituição auxilie o aluno em suas “confusões sexuais” e o preserve de dificuldades no meio acadêmico.
  • Para isso, a escola também concede o acesso do aluno identificado como trans ao banheiro ou vestiário do sexo oposto, além de poder competir na modalidade do sexo oposto em jogos esportivos.
  • Os funcionários da escola também são orientados a aderir ao nome e pronomes escolhidos pelo aluno, mas usar os seus pronomes e nome real ao se comunicar com os seus pais.

O que você precisa saber:

Conforme a ideologia de gênero ganha visibilidade entre os movimentos presentes na sociedade, a busca por sua inclusão em contextos do dia a dia de cada cidadão também cresce – inclusive na educação infantil. E para estender o tema às escolas – por mais complexo que seja – são adotadas inúmeras medidas, mesmo sem o consentimento dos pais.

Seja em países desenvolvidos ou não, políticas como esta supracitada são elaboradas a fim de proporcionar desde a infância a aceitação pública e o respeito àqueles que não se identificam com a sua identidade biológica. Mas de que forma este assunto tem sido transmitido às crianças e adolescentes? Quais os limites do ensino acadêmico em relação ao ensino moral executado pelos pais?

Leia também: Porque a identidade de gênero não deve ser ensinada nas escolas

O papel da escola e a educação dos pais:

Socializar, multiplicar o conhecimento e desenvolver habilidades úteis do indivíduo que contribuirá à comunidade por meio de sua atuação, estas são as principais responsabilidades da instituição de ensino em relação à educação de seus alunos. No entanto, hoje, muitas escolas têm assumido mais uma função em sua grade curricular: a educação moral.

A princípio, este papel era executado pelos pais do aluno, por meio do seu bom exemplo e valores éticos que incluem a tolerância, empatia e respeito ao próximo. Além disto, cada responsável tem o pleno conhecimento do desenvolvimento e capacidade intelectual de seus filhos para tratar assuntos complexos como a ideologia de gênero, assim como tomar decisões em relação a sua identidade nesta fase.

Escolhas feitas neste sentido podem comprometer uma vida toda e, em sua grande maioria, é um caminho sem volta. Com isso, cabe aos pais  ensinar sobre a importância do respeito e a orientação necessária sobre o assunto. A dedicação a este importante e intransferível papel na vida de seus filhos, além de prepará-los para esta nova sociedade, irá protegê-los das sérias consequências de escolhas feitas de modo inconsciente.

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Colaborador

Yasmin Lindo / Foto: iStock